Trump “comunista” disse que EUA teriam 2,5 milhões de mortos por Covid-19 se tivessem agido como Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (5) que seu país poderia ter tido 2,5 milhões de mortos por coronavírus se tivesse agido como o Brasil.

Por causa da declaração do presidente americano, o “gabinete do ódio” bolsonarista não perdeu a chance de rotulá-lo de “comunista” nas redes sociais. O assunto é um dos mais discutidos desta tarde no Twitter.

“Acho que todos acreditam que o mínimo que seríamos atingidos, como eles dizem… Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia, que também está passando por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido um milhão, um milhão e meio, talvez dois milhões e meio de vidas ou até mais”, disse Trump.

A fala do presidente americano teve forte impacto nos meios sanitários e político brasileiro. O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) fez questão de registrar:

“Trump acaba de dar uma forte pancada em Bolsonaro! Disse que, se tivesse agido como o Brasil, os EUA chegariam a 2,5 milhões de mortos. Até o aliado de Bolsonaro reconhece a desgraça que é o governo! Bolsonaro envergonha o Brasil. Precisamos voltar a ser um bom exemplo pro mundo”, afirmou o parlamentar socialista.

O Brasil chegou a terceiro país com mais mortes no mundo 79 dias depois do registro da primeira vítima da Covid-19, em 17 de março. O país acumula 34.021 vidas perdidas durante a pandemia e está atrás apenas do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Economia

Nesta sexta, são 621.877 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil, segundo as secretarias de saúde e o Ministério da Saúde.

Assista ao trecho da fala de Trump:

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Bolsonaro diz que manifestantes pró-democracia são ‘marginais, terroristas, desocupados e maconheiros’

Em discurso nesta sexta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que os manifestantes dos atos pró-democracia são “marginais, terroristas, desocupados e maconheiros”.

“Estamos assistindo agora grupos de marginais terroristas querendo se movimentar para quebrar o Brasil. Esses marginais fizeram uma ação em São Paulo. Esses terroristas voltaram logo depois para alguma ação em Curitiba. Estão nos ameaçando”, afirmou o presidente durante a inauguração de um hospital de campanha para infectados com o novo coronavírus em Águas Lindas de Goiás (GO).

“Tenho certeza, Caiado [em referência ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM)], que se vierem aqui você vai tratar com a dureza das leis que eles merecem. Geralmente são marginais, terroristas, maconheiros, desocupados”, completou Bolsonaro.

Os atos pró-democracia, marcados para acontecer no próximo domingo (7) em todo o país, são uma resposta a manifestações de apoiadores do governo, que fazem reivindicações ilegais e antidemocráticas, como o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).