Trabalho precário e informal avança em todo o país

Com Temer, desemprego atinge 12,6 milhões de trabalhadores
Um levantamento feito a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) revelou a situação do mercado de trabalho do interior do país. As informações do primeiro trimestre de 2019 mostram que o desemprego no interior é menor que nas regiões metropolitanas em 18 estados.

Mas esses resultados não significam que as condições do mercado de trabalho sejam melhores fora dos grandes centros urbanos. Pelo contrário, 62,4% das pessoas que trabalham na informalidade estão no interior, ou seja, 20,8 milhões de trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado e trabalhadores domésticos), sem CNPJ e sem contribuição para a previdência oficial (empregadores e por conta própria) ou sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família). No Brasil, 36,3% da população ocupada está nessa condição.

De acordo com o levantamento, no primeiro trimestre de 2019 o desemprego no interior foi menor do que nas regiões metropolitanas em 18 estados. A taxa de desocupação do país foi de 12,7%, enquanto em apenas 10 regiões de interior foi registrado desemprego maior que o índice nacional. O problema nessas regiões é a qualidade do emprego gerado, sem direitos e com salários menos da metade do que recebem os trabalhadores de Regiões Metropolitanas.

Para o diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE e especialista em trabalho e rendimento, Cimar Azeredo, a perda de cerca de quatro milhões de empregos com carteira de trabalho assinada em cinco anos em função principalmente da crise econômica iniciada em 2014/2015, é das razões do aumento da informalidade. “O efeito colateral disso foi o aumento expressivo da informalidade em todas as regiões do país”.

Apesar de menos desemprego, o interior registra taxas de informalidade maiores do que nas regiões metropolitanas. Em 13 estados do Norte e Nordeste pelo menos metade dos trabalhadores do interior é informal.

O campeão de informalidade é o interior do Amazonas, com 71,7%. Do outro lado, o interior de Santa Catarina tem a menor taxa, com 19,4% de seus trabalhadores na informalidade.

Economia

*Atualização: O Blog corrigiu a matéria sobre os dados da taxa de informalidade no interior, conforme contato da Assessoria de Imprensa do IBGE.

A seguir o email da assessoria de imprensa do IBGE e o link da matéria na página do órgão:

Correção – Informalidade interior

Prezados,

Sobre a matéria divulgada hoje na Agência IBGE Notícias, o texto confundiu taxa de informalidade no interior com a distribuição dos trabalhadores informais entre o interior e as metrópoles.

Onde se lia: “Pelo contrário, a informalidade atinge 62,4% das pessoas ocupadas no interior dos estados”; leia-se: “Pelo contrário, 62,4% das pessoas que trabalham na informalidade estão no interior”.

Link para a matéria:https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/noticias/25066-pesquisa-revela-retrato-inedito-do-mercado-de-trabalho-do-pais

Att, Pedro
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Pedro Mendonça Renaux Wanderley

Assessoria de Imprensa
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*Com informações da Agência Brasil