A delação da JBS, que denunciou propinas para Michel Temer, ajudou os parlamentares a obterem R$ 10,7 bilhões em emendas de execução obrigatória em 2017. Um aumento de 48% em relação ao ano de 2016.
O levantamento da farra das emendas parlamentares foi feito pelo Estadão, edição deste domingo (7).
A grana é liberada para senadores e deputados atenderem suas bases eleitorais. Embora a execução seja obrigatória, o pagamento da emenda depende de articulação política — eufemismo para compra de votos no Congresso, segundo os próprios congressistas.
Em troca das facilidades, os parlamentares dizem “amém” a Palácio do Planalto. Por isso que não prosperou nenhuma das denúncias contra Temer e reformas antipopulares foram aprovadas no Congresso. Também por conta desse “balcão de negócios” que a previdência ainda corre risco sob esse parlamento.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.