Temer diz que impeachment de Dilma foi retaliação de Cunha

Em entrevista à ao programa “Em Foco com Andréia Sadi”, da GloboNews, o ex-presidente Michel Temer (MDB) disse que o fator decisivo para a abertura do impeachment contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) foi o fato de o PT não ter apoiado o então presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

“Um equívoco do PT, eu penso que se o PT tivesse votado com ele [Cunha] naquela comissão, ele estava com boa vontade para eliminar o impedimento”, afirmou o ex-presidente.

Na entrevista, Temer também falou sobre as investigações que chegaram a resultar em sua prisão, em março deste ano, e dos polêmicos áudios com Joesley Batista, que causaram a maior crise de seu governo.

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Em dezembro de 2015, a bancada do PT decidiu que iria votar pela continuidade do processo de cassação do presidente da Câmara. Os votos dos três integrantes da legenda no colegiado eram considerados fundamentais para definir se o processo contra Cunha seguiria ou seria arquivado.

No mesmo dia, Cunha acolheu o principal pedido de impeachment protocolado por partidos da oposição contra Dilma. Na época, ele negou se tratar de uma retaliação.

Na ocasião, Cunha era investigado por esconder contas milionárias no exterior, o que ele negou. Ele também foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob a acusação de envolvimento no escândalo da Petrobras. O mandato dele foi cassado em setembro de 2016. No mês seguinte, Cunha foi preso pela Lava Jato. Atualmente, ele cumpre sua pena no Rio de Janeiro.

A íntegra da entrevista será exibida nesta quarta-feira (27) às 21h30.

Com informações do Uol.