O governador Beto Richa (PSDB) voltou atrás ontem da decisão de parcelar o terço de férias para os professores de 2,1 mil escolas da rede pública do Paraná (clique aqui). O temor era de que o calote desse força à greve da categoria prevista para março de 2015.
O tucano não resistiu à s pressões dos educadores porque eles são mais mobilizados e organizados do que as demais categorias do serviço público.
Portanto, professores e funcionários de escolas foram excluídos do calote e continuarão a receber o abono em parcela única no fim do mês de janeiro de 2015.
Os demais servidores públicos do estado receberão o benefício constitucional em três parcelas — em janeiro, fevereiro e março — em virtude de problemas com o caixa.
Há duas semanas, conforme registrou o Blog do Esmael, o governo proibiu servidores em cargo comissionado de tirar férias no fim deste ano (clique aqui).
A sensação de calote ainda é forte entre o funcionalismo. A crise atual lembra o fim melancólico governo Jaime Lerner, que também parcelou o terço de férias em 2002.
O calote no 1/3 de férias constitucional teria como objetivo fazer caixa para o pagamento de 13!º salário e salário de dezembro. Seria como vender o almoço para pagar a janta, tal o grau da crise do governo Richa.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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