#TeichLiberaCloroquina traz o ‘remédio’ dos robôs contra o Coronavírus

Os robôs bolsonaristas amanheceram com medo do Coronavírus e resolveram pedir para o ministro da Morte, Nelson Teich, liberar a Cloroquina para consumo como se fosse drops para adoçar a boca.

A hashtag #TeichLiberaCloroquina amanheceu no topo do Twitter nacional. Mas muitas postagens ironizam a iniciativa.

Como essa de Valberto que escreveu: “Robôs não contraem covid19, deve ser por isso que subiram a tag #TeichLiberaCloroquina afinal, no mundo real, a ciência mostra que tem mais efeitos danosos que benéficos, mas esqueci, a ciência não sabe de nada, quem sabe é o político parasita que não fez nada em quase 30 anos.”

E tem gente que jura que a Cloroquina funciona mesmo como a Nati que escreveu:

“Tag maravilhosa! minha irmã é enfermeira e foi curada por conta deste remédio no Caxias Dor!!! Bastou usar em 1 dia e melhorou sua respiração! Super apoio! Lembrando que o uso tem que Ser sobre prescrição MÉDICA! Pois tem a dosagem certa!”

Economia

Enfim, não é o ministro da Saúde que libera ou deixa de liberar um medicamento. Há estruturas científicas para isso, como a Anvisa e as entidades médicas científicas. Mas, vai explicar…

Bolsonaro fez propaganda da Cloroquina e terá que se explicar por isso. Remédio não é brincadeira, pode matar.

Comparada por Bolsonaro ao Maranhão, Venezuela registrou apenas 10 mortes por Covid-19

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) bem que poderia começar a semana sem essa.

Ao comentar as medidas de lockdown adotadas pelo Maranhão, o presidente da República comparou o estado à Venezuela.

Ocorre que a Venezuela tem apenas 414 casos confirmados de coronavírus e 10 mortes, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Bolsonaro compartilhou nas redes sociais, neste domingo (10), vídeo em que um policial verifica num ônibus quais passageiros estão se deslocando para “atividades essenciais”.

Em legenda ao vídeo anexado na publicação, Bolsonaro disse que “milhões já sentem como é viver na Venezuela”.

Assista ao vídeo:

“Bolsonaro inicia o domingo me agredindo e tentando sabotar medidas sanitárias determinadas pelo Judiciário e executadas pelo Governo. E finge estar preocupado com o desemprego. Deveria então fazer algo de útil e não ficar passeando de jet ski para “comemorar” 10.000 mortos”, reagiu o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

O Brasil teve 11.168 mortes provocadas pela Covid-19 e 163.427 casos confirmados da doença em todo o país até ontem (10).

Ainda em resposta ao presidente Bolsonaro, o governador maranhense publicou ontem decreto de requisição administrativa de leitos de hospitais privados em São Luís e em Imperatriz. “Coronavírus deve ser a prioridade de todos, já que infelizmente temos milhares de pessoas doentes no Brasil”, justificou.

Dino a garantiu que não se trata de “confisco” de leitos, já que há indenização. “Não há motivo para delirantes ataques ideológicos.”

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Crescem as chances de impeachment de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem ampliado o fosso entre a realidade e seu mundo particular recheado de ironias, piadas, apatias, ódios, preconceitos e malandragens.

Na política concreta, os partidos e entidades da sociedade civil veem aumentar as chances de impeachment –a despeito de Bolsonaro tentar “cooptar” com cargos o Centrão.
Para barrar a abertura de um processo na Câmara, o presidente da República precisa reunir 171 votos, ou um terço da Casa.

Numa conta elástica, hoje, Bolsonaro teria cerca de 159 votos contrários ao impeachment.

Então, vamos aos números das bancadas na Câmara.

Bolsonaro não tem partido, logo ele lidera “zero” parlamentares –embora exista uma bancada que se diz “governista”.

GOVERNISTAS:

  • PSL – 25 deputados*

CENTRÃO:

  • PP – 40 deputados
  • PL – 39 deputados
  • PSD – 37 deputados
  • REP – 31 deputados
  • SD – 12 deputados
  • PODE – 11 deputados
  • PTB – 12 deputados
  • PROS – 10 deputados
    SUBTOTAL – 192 DEPUTADOS
    Quebra histórica de 30%, ou seja, 58 deputados, logo o governo teria do Centrão 134 votos contrários ao impeachment.

GRUPO RODRIGO MAIA

  • MDB – 34 deputados
  • PSDB – 32 deputados
  • DEM – 28 deputados
    SUBTORAL – 94 DEPUTADOS

OPOSIÇÃO

  • PT – 53 deputados
  • PSB – 30 deputados
  • PDT – 28 deputados
  • PSOL – 10 deputados
  • PCdoB – 8 deputados
  • REDE – 1 deputado
  • PSL – 16 deputados*
    SUBTOTAL – 146 DEPUTADOS
    (*) PSL tem 41 deputados, mas a bancada está rachada.