Pesquisa do Instituto Interpretar assegura que o governador Flávio Dino (PCdoB) deverá ser reeleito no Maranhão e enterrar politicamente o clã Sarney no estado.
sarney
Coluna do Luiz Cláudio Romanelli: O legado da democracia

Luiz Claudio Romanelli*
A primeira faixa que vi da manifestação deste domingo, 16 de agosto, em Curitiba, me deixou perplexo: “intervenção militar já!”
O dia foi marcado por manifestações de apologia ao golpe contra a democracia, nas principais cidades do Brasil. Um movimento, diga-se, articulado por grupos de direita, que se comunicam pelas redes sociais na internet, e velhas raposas da política que desejam um terceiro turno da eleição de 2014. Nunca é demais lembrar as palavras do filósofo e escritor Umberto Eco: “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”.
Muito embora havia entre os manifestantes, cidadãos conscientes protestando contra a corrupção, contra à deterioração da economia e os cortes em direitos trabalhistas e sociais, muitos foram as ruas, qual boiada desgovernada, para vociferar contra a presidente Dilma, o ex-presidente Lula, o PT, os partidos políticos, os políticos em geral, contra a própria democracia. O que mais se viu foram discursos autoritários e anticonstitucionais, discursos de ódio, que põem em jogo a ainda incipiente democracia brasileira.
Defendo o direito a livre manifestação, mas não compactuo com os que bradam pelo impeachment da presidente legitimamente eleita por mais de 54 milhões de eleitores, numa eleição acirrada, já com a Operação Lava Jato protagonizando o debate.
Dias desses, li um texto muito bom de autoria do jornalista paranaense Otavio Duarte, no qual ele faz uma analise precisa e inteligente sobre o nosso país e lembra que “é bom ter distanciamento, perspectiva, e um pouco de história não faz mal a ninguém”, para concluir que embora ainda haja muito a fazer, “o Brasil hoje é muito melhor do que antes”.
Quem, como eu, viveu e combateu a ditadura, sabe bem que a melhoria na vida dos brasileiros é o grande legado da democracia.
Petistas fritam Meirelles e pedem gestão com “identidade PT”
por Paulo Moreira Leite, via Brasil 247
O encontro de Lula com a bancada de senadores foi um evento amigo e caloroso, que permitiu a celebração de uma vitória disputada até o último voto. Lula é o líder histórico e patrono da carreira de todos eles !” inclusive nas vitórias de 2014 !” o que autoriza diálogos com uma franqueza rara no universo político brasileiro.
Essa situação permitiu uma conversa séria, que começou com o humilhante voto de José Sarney em Aécio, passou pelo debate sobre a escolha do novo Ministro da Fazenda e deixou claro que o governo e o PT entram no ano de 2015 com uma nova questão para resolver !” sua identidade política. “O PT quer um governo para chamar de meu”, sintetizou um dos senadores presentes.
A cena do voto de José Sarney em Aécio Neves, flagrado por uma câmara de TV no segundo turno, foi particularmente dolorosa por uma razão evidente. Para demonstrar lealdade em relação ao ex-presidente, o PT jamais fortaleceu o novo governador Flávio Dino (PC do B-MA), aliado no plano federal. Chegou a enfrentar uma avalanche de protestos de militantes e aliados que faziam uma oposição histórica a Sarney e ao imenso grupo de interesses que manda no Estado desde 1964, pelo menos. Em troca, recordou-se no encontro com Lula, o partido recebeu o voto realmente secreto do segundo turno de 26 de outubro !” e tudo aquilo que a imagem daquela mão que tecla o 45 representam.
“Imprensa avacalha a política”, diz Lula
da Agência Brasil
Quero colocar sua presença na presidência (da República) no momento da Constituição em igualdade de forças com o companheiro Ulysses (Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte), porque, em nenhum momento, mesmo quando o senhor era afrontado no Congresso, o senhor não levantou um único dedo para colocar qualquer dificuldade aos trabalhos da Constituinte, e certamente foi o trabalho mais extraordinário que o Congresso já viveu!, disse Lula.