Os bloqueios nas estradas organizados pelo Comando Nacional do Transporte não são uma greve. Não existe nenhuma decisão por parte dos caminhoneiros de paralisar as atividades. Muito pelo contrário, os sindicatos e federações de caminhoneiros são contra os bloqueios. Não existe uma pauta de reivindicações dos caminhoneiros. Eles só querem derrubar a presidenta Dilma Rousseff (PT).
Ou seja, a tal “greve dos caminhoneiros” é só mais um capítulo da dor de cotovelo sem fim do PSDB e aliados, que depois de um ano, ainda não se conformaram com mais uma derrota nas eleições presidenciais de 2014. Eles apostam no caos e não se importam com quem sairá prejudicado.
O resultado disso tudo é que o movimento está enfraquecido pois não tem a simpatia nem a adesão da grande maioria dos caminhoneiros, sejam autônomos ou contratados. É um movimento de empresário. É locaute.
Um dos líderes do Comando Nacional do Transporte, Ivar Schmidt, é tucano declarado e não esconde que o atual movimento foi convocado em apoio aos grupos da direita conservadora como Movimento Brasil Livre, o Vem Pra Rua e o Revoltados On Line.
Mas até aí, existe a liberdade de expressão. O problema é que na prática, os caminhoneiros que estão simplesmente trabalhando, são obrigados a parar nos bloqueios e a participar do movimento. Os que se recusam tem seus veículos depredados e sofrem ameaças. Já houve denúncias de cárcere privado nos bloqueios.
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