Bruno Meirinho*
Nas primárias americanas para a escolha dos candidatos à presidência, o empresário Donald Trump se destaca como o preferido dentro do partido republicano. Até o momento, ele está em primeiro nas primárias do partido, embora não tenha maioria absoluta, pois disputa com outros dois candidatos que, somados, têm mais votos que ele.
Trump é uma figura caricata, já há muito famosa por seu estilo excêntrico e esbanjador. Os prédios de sua companhia, em Nova Iorque e Chicago, são famosos ícones dessas cidades. Sua riqueza vem de negócios na área do entretenimento, como cassinos, e iniciativas fraudulentas, como uma empresa de marketing multi-nível (uma espécie de pirâmide financeira) que levava seu nome.
Na sua candidatura à presidência, Trump pretende representar posições de extrema-direita que, neste caso, têm se confundido com mera ignorância e preconceito, como quando acusou os imigrantes latinos de serem ladrões e estupradores. Muitas vezes, seu discurso surreal parece convencer apenas seus leais seguidores, não tendo força para conquistar apoio para além da militância.
Com isso, à proeminência da candidatura Trump no interior do partido parece ser mais um sintoma da incapacidade dos republicanos disputarem a política nacional de forma consistente. Alguns integrantes do partido avaliam que Trump seria facilmente derrotado por Sanders ou Hillary, candidatos dos democratas. É o sinal da decadência repub