“Sugerir uma busca e apreensão com objetivos eleitorais é criminoso”, diz advogado

O advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, do Paraná, especialista em Direito Eleitoral, afirmou neste sábado (29) que é criminoso fazer busca e apreensão com objetivos eleitorais.

Para Pereira, o procurador Deltan Dallagnol “quis” antecipar uma operação da força-tarefa Lava Jato para repercutir na eleição.

Os procuradores lavajateiros torceram pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), contra o candidato do PT Fernando Haddad.

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“Os americanos são rigorosos em operações no período eleitoral. Só se cogita se for imprescindível. Aqui Deltan quis antecipar uma operação para repercutir na eleição. Só para isso. É criminoso”, declarou o advogado.

Casagrande Pereira disse ainda que Deltan não tem salvo-conduto, mesmo que tenha feito “coisas importantes” no âmbito da Lava jato.

Economia

“Deltan tem que pedir perdão. É o sacramento da penitência”, opinou o jurista paranaense.

De acordo com reportagem do site The Intercept Brasil, divulgada hoje, Deltan Dallagnol tentou forjar uma BA (busca e apreensão) com o fim de interferir no resultado da eleição presidencial no segundo turno. O alvo era o então senador eleito Jaques Wagner (PT-BA), coordenador da campanha de Haddad.

“Isso é urgentíssimo. Tipo agora ou nunca kkkkk”, recomentou Deltan, segundo mensagens vazadas pelo Intercept.