Sergio Moro é a cria que se virou contra seu criador Alvaro Dias

Ao que parece, Moro e amigo de fé e de estripulia na Lava Jato, Deltan Dallagnol, tomaram o comando do Podemos

Até as capivaras do tradicional Parque Barigui, em Curitiba, sabem que a pré-candidatura presidencial de Sergio Moro (Podemos) foi uma das “espertezas” do senador Alvaro Dias (Podemos) para atrair apoios à sua própria reeleição ao Senado.

Diz o ditado popular que quando a esperteza é grande demais engole o esperto. Talvez seja isso que aconteceu no Podemos do Paraná, que, inclusive, perdeu seu presidente estadual – Cesar Silvestri Filho – para o PSDB de João Doria e Beto Richa.

Alvaro precisava movimentar o cenário político paranaense visando obter adesões a seu projeto continuísta no Senado. Para isso, Moro era a isca perfeita. Sob a promessa de o ex-juiz e ex-ministro fortalecer a campanha pela reeleição do governador Ratinho Junior (PSD), este chegou a abandonar o palanque do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas voltou atrás quando o moço da finada Lava Jato começou a derreter nas pesquisas.

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Para Alvaro, existia uma saída possível: “vender” a candidatura de Moro para Bolsonaro em troca do apoio de Ratinho no Paraná. No entanto, é aí que a porca começou a torcer o rabo.

Sergio Moro mudou de amigos e passou acreditar que pode ultrapassar Bolsonaro no primeiro turno e, contra Lula (PT), pode vencer o segundo turno. Ou seja, a cria se virou contra o criador Alvaro Dias.

O diabo é que as pesquisas dizem outra coisa. No levantamento da MDA/CNT, divulgado nesta segunda-feira (21/02), ficou inconteste a liderança de Lula, a recuperação de Bolsonaro e o derretimento de Moro – que já foi ultrapassado pelo ex-governador Ciro Gomes (PDT), abaixo de dois dígitos.

Sem muito influência com o “novo” Sergio Moro, Alvaro agora afirma que disputará o governo do Paraná – contra Ratinho Junior – numa jogada para manter-se vivo no cenário político.

Ao que parece, Moro e amigo de fé e de estripulia na Lava Jato, Deltan Dallagnol, tomaram o comando do Podemos. A conferir.