Semana Pedagógica: Governo do PSDB copia Lerner e avança na privatização da Educação

Meroujy Cavet, a secretária da Educação (de fato).
A Semana Pedagógica de retorno à s aulas na rede pública, organizada pela Secretaria de Estado da Educação (SEED), acontecerá de quinta (2) a terça-feira (7). A atividade deste ano, a exemplo de 2011, será marcada pela pobreza de conteúdo (clique aqui para ler a íntegra) e por um retumbante retorno ao passado. Mais precisamente, uma volta à  era Jaime Lerner (1995-2002), o pior governador que a Educação já pôde experimentar.

Conforme o cronograma de ações da Semana Pedagógica, no último dia de intensão (terça, 7) dedicar-se-á ao debate acerca do programa Pais Presentes na Escola!. Uma cópia malfeita do programa Gestão Comunitária! da época dos secretários Ramiro Wahrhaftig e Alcione Saliba.

A ideia central do programa Pais Presentes na Escola!, embora não esteja claro aos mais desavisados, é transformar a comunidade em força de trabalho gratuito dentro dos estabelecimentos de ensino. Ou seja, aos poucos, os pais vão substituindo o papel do Estado fazendo pequenos reparos nas edificações, realizando aulas de reforço aos alunos, dentre outras barbaridades. Um Amigo da Escola! piorado com viés mais privatizante ainda.

Além disso, confunde-se a tarefa de educar (da família) com a de ensinar (do professor) nas salas de aula. O Estado, neste caso, exime-se de todas as responsabilidades — inclusive a de articulador, pois os provedores são os próprios pais que pagam pesados impostos.

Nesse espírito de abrir! o estabelecimento de ensino à  comunidade, pensa-se em retomar os bingos, as festas, os bailes, etc., com o objetivo de arrecadar dinheiro para as emergências cotidianas. Também não se descarta a cobrança de taxas. Afinal de contas, os pais precisam assumir responsabilidades na escola… Esse formato de financiamento da Educação fora totalmente banido na gestão do ex-governador Roberto Requião (2003-2010), que entendia ser uma obrigação exclusiva do Poder Público.

Para o governo do PSDB no Paraná, no entanto, Educação é sinônimo de gasto, não de investimento.

Economia

A proposta neoliberal para a Educação consiste na otimização! (corte) dos gastos públicos em Recursos Humanos (salário, formação, contratação de professores). Ao mesmo tempo preocupa-se com o aspecto físico das escolas (sempre bonitinha). Mas, para esse modelo funcionar é fundamental a cooptação política de um agente: o diretor.

Queremos o compromisso dos diretores e da comunidade escolar para alcançar as metas propostas. A educação dos nossos alunos deve ser prioridade de todos!, disse o secretário Flávio Arns, também vice-governador, durante uma reunião técnica realizada no Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, em dezembro de 2011.

Os contratos são documentos que fixam objetivos, formalizam metas de redução de gastos e estabelecem prioridades em cada área da gestão pública. Sua implantação faz parte da estratégia de modernização administrativa!, confirmou o governo tucano na Agência Estadual de Notícias.

O diabo é que feito o desmonte da Educação, necessariamente, um novo governo mais comprometido com a escola pública, gratuita, universal e de boa qualidade precisará de uma década para recompô-la. à‰ o ciclo. à‰ a política como ela é, caro leitor, sem Photoshop.

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