Seletividade na Lava Jato fortalece projeto contra abuso de autoridade

O jornal Folha de S. Paulo mostrou nesta segunda-feira (17) o que muitos já sabiam: os procuradores escolhem as delações que convém à Lava Jato.

‘É a tal hermenêutica’, diria o senador Roberto Requião (PMDB-PR), relator do projeto de abuso de autoridade, que vai à votação nesta quarta-feira (19).

“Delação premiada: o prêmio só vale se disser o que o juiz quer ouvir?”, questionou hoje o relator.

A PF sustenta que o Ministério Público Federal, chefiado por Rodrigo Janot, só fecha colaborações que interessam à narrativa da Lava Jato, rejeitando aquelas que possam surgir com informações que contradizem a narrativa contada até agora.

O próprio juiz Sérgio Moro vetou em novembro de 2016 perguntas do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha a Michel Temer sobre reunião para acerto de propina.

Entretanto, na semana que passou, veio à tona detalhes em delações do “propinaço” que Temer recebeu — US$ 40 milhões — da Odebrecht. Ou seja, a mesma história que Cunha teria contado há cinco meses.

Economia

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