Secom de Bolsonaro compara boletim da Covid-19 às 22 horas com transmissão de futebol

O chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, comparou a divulgação dos boletins oficiais do ministério da Saúde com a transmissão de jogos de futebol.

“Novamente dois pesos e duas medidas por parte da mídia: divulgar boletim da saúde às 22:00 é escândalo. Transmitir futebol às 22:00 sem transporte público, todos ficam calados.” Escreveu Fabio em sua conta no Twitter:

Para começar, a transmissão de jogos de futebol nada tem a ver com saúde pública. E é mentira que “todos ficam calados” quando se trata do futebol.

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Está evidente que a comunicação do governo Bolsonaro manobra para diminuir os impactos da pandemia de Coronavírus na opinião pública.

Notícias ao vivo do Coronavírus: Globo diz que Ministério da Saúde ainda não tem titular

A TV Globo bateu na tecla na tarde desta segunda-feira (8), no Jornal Hoje, de que o Ministério da Saúde continua sem um titular.

A emissora insistiu que a pasta é ocupada interinamente pelo general Eduardo Pazuello, que militares sem experiência na área ganharam cargos e que profissionais da Saúde foram demitidos ou exonerados.

O militar ocupa interinamente o cargo desde a metade do mês de maio, após a saída de Nelson Teich, que ficou apenas um mês na cadeira de ministro [que era ocupada pelo médico Luiz Henrique Mandetta].

A reportagem lembrou que o Brasil é o segundo país no mundo com mais casos de coronavírus e terceiro no número de mortes.

Em um cenário de omissões, censura e confusão com a quantidade de mortos e infectados pelo novo coronavírus, a semana começa com 36,5 mil mortes e 692 mil casos no País.

Sobre a censura dos dados, a Globo comparou o momento atual com o período da ditadura militar.

No início da década de 70, os militares esconderam uma pandemia de meningite entre os anos de 1971 e 1974.

Sem informações e políticas públicas, a então linha dura viu subir para 563 casos a cada 100 mil habitantes.

O objetivo dos fardados era esconder os dados para impedir a desmoralização do regime, mas os militares acabaram por agravar os surtos colocando em risco a saúde da população.

Notícias ao vivo do Coronavírus: os bancos no Brasil e os hospitais dos Estados Unidos lucram com a pandemia

Recentemente, o Blog do Esmael registrou aqui que os desalmados banqueiros brasileiros estavam lucrando –com dinheiro público, é claro– na pandemia de coronavírus. Estupefato, esta página anotou as barbaridades cometidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro Paulo Guedes:

  • Repasse de R$ 2 trilhões de incentivos aos bancos;
  • Redução de impostos para bancos;
  • Fortuna dos bancos superou o PIB do Brasil.

Pois bem, abrindo nesta segunda-feira (8) o New York Times –o mair do mundo– vejo que a malandragem não é uma exclusividade dos banqueiros brasileiros que querem se dar bem na crise.

Os hospitais dos Estados Unidos também receberam bilhões em subsídios de socorro, bem como seus CEOs (executivos) receberam milhões de dólares.

De acordo com o New York Times, algumas das empresas de saúde mais ricas dos Estados Unidos receberam bilhões de dólares em fundos dos contribuintes para ajudá-los a lidar com a perda de receita com a pandemia, mas, sem dó nem piedade, eles demitiram ou cortaram o pagamento de dezenas de milhares de médicos, enfermeiros e trabalhadores mal remunerados, enquanto continuam pagando milhões aos seus principais executivos.

Lá e cá fica comprovado que os capitalistas têm coração de pedra. Eles não merecem entrar no reino dos Céus, como diz a Bíblia.