Se preocupar com a população é diferente de se preocupar com a popularidade

Em um mundo que prima por números em detrimento da população, os administradores se preocupam muito mais com a popularidade do que com a povo.

Por Requião Filho*

A cada dia que passa, vemos o retrocesso das políticas públicas garantistas e o ressurgimento de políticas precárias e superficiais.

Havíamos deixado no passado programas meramente de subsistência e implantado projetos de empodeiramento, protagonismo e redução da pobreza. Chegamos, até mesmo, a experimentar o pleno emprego, pessoas com comida na mesa e mercado interno aquecido.

No Paraná vivemos os melhores índices de nutrição infantil, de educação, de emprego, de valorização do servidor público, vivemos claros exemplos de preocupação com a população.

Hoje, ao contrário, em um plano superficial, vivenciamos a busca da popularidade, da reeleição a qualquer custo, a qualquer engajamento pago ou algoritmo de rede social.

Economia

As políticas não são feitas para durar, para mudar a vida de quem mais precisa, mas sim para ganhar voto.

Nos primeiros anos todas as categorias são sangradas, para no último, via medidas precárias se adoça a boca da população. Seja com um vale gás, seja com uma gratificação, seja por um benefícios sem previsão orçamentária…

Ressalvo aqui a importância de se atender imediatamente a quem precisa do estado, mas não posso deixar de enxergar que tudo, tudo mesmo, poderia ser feito de outra maneira, visando o bem real da população.

*Requião Filho, advogado, é deputado estadual pelo MDB do Paraná.