O novo ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, general Luiz Eduardo Ramos, disse que as Forças Armadas não são contra a venda de estatais. Segundo ele, “se a Petrobras tiver que ser privatizada, privatiza”. Ramos foi escolhido por Bolsonaro para substituir o general Santos Cruz.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, na última quarta-feira (19), declarou: “Se a Petrobras tiver que ser privatizada, privatiza. Vai ser melhor pro Brasil? Tô dentro! Quero que o Brasil dê certo. O que não dá é que com tanta coisa pra construir nesse Brasil venha uma cambada de safado para roubar e saquear o Brasil.”
Ao ser perguntado sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ramos disse que não votou no petista em 2002, mas que se emocionou com sua posse na presidência da República.”Não votei no Lula em 2002. Mas assisti à posse dele pela TV. Era coronel. E a emoção de ver um torneiro mecânico assumir a Presidência me fez chorar. Ele não roubou só o país mas nossa esperança”, assinalou.
Ao ser questionado sobre sua relação com Jair Bolsonaro, o novo ministro fez elogios. Completou dizendo que o presidente não é e não será tutelável. “Bolsonaro é um homem que tem muita determinação. Não é tutelável. Esquece. Não é, nunca foi e não vai ser agora. Ele tem uma intuição que tem que se respeitar. Às vezes consigo alguma coisa, com jeito. Mas ninguém tem ascendência sobre ele. Somos amigos, o que é outra coisa.”, falou.
Ramos conheceu Bolsonaro na EsPCex (Escola Preparatória de Cadetes do Exército), em 1973, em Campinas (SP).
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.