Saiba por que Lula desbancou William Bonner nas redes sociais

O ex-presidente Lula levou a sério a ideia de virar entrevistador nas redes sociais. Em abril passado, o Blog do Esmael advertiu: ‘o William Bonner, do Jornal Nacional, que se cuide’, que o petista estava gostando de entrevistar.

No último dia 13 de maio, mais uma vez, este site registrou que Lula seria o “William Bonner” do PT, ou melhor, teria “aposentado” o apresentador do telejornal da Globo.

Ironias à parte, as redes sociais têm incomodado bastante a audiência das emissoras de TV, portais e rádios da velha mídia corporativa. Não é à toa que esses veículos tentam pegar uma carona nas fake news do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para criminalizar a liberdade de expressão.

A Lei das Fake News, em discussão no Congresso Nacional, seria o mecanismo encontrado pelos barões da mídia para enquadrar Lula, por exemplo, como disseminador de notícias falsas. Uma agência “independente” seria responsável pela certificação da “verdade” –como se fosse possível.

Na quinta-feira (29), o Blog do Esmael opinou sobre o tema:

“A princípio, o Blog do Esmael considera inconstitucional a referida “Lei das Fake News” porque cria a figura dos “verificadores independentes” que, digamos, podem não ser tão independentes quanto imagina o texto do projeto… Trata-se de um elemento subjetivo e impossível de aplicar.

Uma pergunta que não quer calar: os verificadores seriam “independentes” de quem?

Ademais, a própria Constituição Federal e o Marco Civil da Internet (Lei n° 12.965/2014) já disciplinam a disseminação de conteúdos falsos, proíbem o anonimato, bem como a reparação civil e criminal do ofendido.”

Em suma, nas redes sociais, Bonner já foi desbancado pelo ex-presidente Lula. A preocupação agora é para que a Rede Globo não desabe como um todo na internet. Trata-se, pois, de mais uma disrupção tecnológica em curso, a exemplo dos blogues que sepultaram os veículos offline (jornais) por volta de 2012.

Economia

É a batalha pela audiência, que está sendo travanda com todos os seus horrores possíveis e impossíveis.

Dito isso, o ex-presidente Lula irá entrevistar nesta quarta-feira (3), às 19h, o ator Zé de Abreu, a deputada Benedita da Silva, e o poeta Sérgio Vaz. Na pauta, a cultura em tempos de pandemia e o desgoverno de Jair Bolsonaro (sem partido).

Ex-governadora do Rio de Janeiro, Benedita é também autora do projeto que instituiu a lei Aldir Blanc, aprovado na última semana, que prevê um auxílio emergencial a trabalhadores na cultura e apoio a espaços culturais.

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O discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a favor da reabertura do comércio para reativar a economia, em tempos de pandemia, é tão “verdadeiro” quanto uma nota de três reais. Ou seja, não passa de mais um engodo.

Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), 218 shopping centers reabriram em 90 cidades de 14 estados — atendendo à recomendação de Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

Pois bem, um “orelha seca” do Blog do Esmael foi na tarde desta segunda-feira (1º) tomar café no Shopping Pátio Batel, em Curitiba. O informante disse que não havia uma viva alma comprando nas lojas, que estavam às moscas.

Primeiro cabe uma explicação: nada de errado com o centro comercial e seus lojistas.

O que está errado, caro leitor, é a falta de dinheiro no mercado.

De nada adianta abrir as lojas e os shoppings se as pessoas estão perdendo emprego, o poder de compra, o que compromete a base de troca –prestação e contraprestação– do sistema capitalista.

Os 218 shoppings reabertos representam uma fatia de 38% do total de 577 estabelecimentos desse tipo no Brasil, informa a Abrasce.

Na capital paranaense, até semana passada, acontecia algo inusitado. Os shoppings relutavam voltar à normalidade porque temiam o está ocorrendo: falta de clientes e de dinheiro circulando na economia.

Há uma forte depressão econômica no País e, Curitiba, embora seja uma cidade rica, não é uma ilha isolada da insanidade neoliberal de Guedes e Bolsonaro.