Ao menos quatro partidos que compõem a federação partidária de esquerda – PT com PSB, PCdoB e PV – se reuniram na quinta-feira (10/02) para finalizar os entendimentos para 2022.
No dia anterior (09/02), o Supremo Tribunal Federal (STF) havia dilatado o prazo para a formalização da associação entre partidos para até o dia 31 de maio.
Os dirigentes partidários envolvidos afirma que a federação de esquerda está 100% fechada para a disputa eleitoral de 2022.
– Fizemos agora mais uma reunião do PT com PSB, PCdoB e PV para tratar de nossa Federação Partidária – relatou ontem a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).
Segundo a dirigente petista, as agremiações avançaram nos debates sobre o estatuto e haverá novo encontro em duas semanas para prosseguir as discussões, inclusive de uma carta-programa.
São Paulo definida
O entrave para a finalização a federação partidária de esquerda estava em São Paulo. Havia três pré-candidaturas ao governo do estado do campo de esquerda: Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB) e Guilherme Boulos (PSOL). No entanto, essas arestas já foram aparadas.
Boulos vai disputar a Câmara Federal em 2022 com o compromisso de receber apoio do PT em 2024 na corrida pela Prefeitura de SP. O partido dele, o PSOL, ainda não confirmou presença na federação. Mas a legenda fechou com Lula, assim como o PSD, que pode ficar fora da associação com o PT, porém poderá indicar o vice [Geraldo Alckmin].
O PSB também já bateu o martelo e “99,99%” o ex-governador Márcio França irá concorrer ao Senado na chapa da federação em SP.
Na quarta-feira, o ex-presidente Lula desenhou a tática eleitoral no estado de São Paulo:
– Eu trabalho com a ideia de que o Fernando Haddad será governador de São Paulo. Eu acho que haverá compreensão de outros partidos, e que o Haddad governador será uma experiência muito positiva para o Brasil e São Paulo -, lacrou o líder na corrida pelo Palácio do Planalto.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.