Saiba o que há por de trás da campanha contra o Facebook

No Brasil, as empresas e governo usam a pandemia de coronavírus para se reestruturar [demitir funcionários] e tirar direitos da população. Mas nos Estados Unidos esse reestruturação se dá pelo viés politicamente correto, tirando verbas publicitárias do bilionário mercado.

A campanha “Stop Hate for Profit” (“Chega de ódio pelo lucro”), nascida nos EUA, também visa reestruturar os investimentos das companhias em publicidade. Se há um volume de dinheiro, coisa de US$ 70 bilhões para a propaganda, com o mercado em depressão, logo o preço dos “inventários” ou “espaços publicitários” também diminuiu. É aí que começa a briga…

Por de trás da campanha com algumas das maiores marcas do planeta, forçando o Facebook a adotar políticas mais rígidas de controle de discursos de ódio, há algo mais.

A saber:

  • Adidas
  • Coca-Cola
  • Ford
  • Honda
  • Levi’s
  • Microsoft
  • Mozilla
  • Pepsi
  • Puma
  • Reebok
  • Starbucks
  • Unilever
  • Vans
  • Best Buy
  • Clorox (Pinho Sol e Glad, entre outras marcas)
  • Constellation Brands (Corona)
  • Diageo (Johnnie Walker, Smirnoff e Guinness, entre outras marcas)
  • Dunkin’ Donuts
  • Edgewell (Banana Boat)
  • Henkel (Loctite)
  • Hershey Company
  • HP
  • Kellogg Company (Kellogs, Pringles e Corn Flakes, entre outras marcas)
  • Kimberly-Clark
  • Lego
  • Mars (Snickers, Uncle Bens, Pedigree e Whiskas, entre outras marcas)
  • Snapchat Molson Coors (cervejas Coors Light, Miller Lite e Blue Moon)
  • Patagônia
  • Pernod Ricard
  • Pfizer
  • The Body Shop
  • The North Face
  • Verizon
  • Volkswagen

O assassinato de George Floyd em uma abordagem policial por um oficial branco, há um mês, motivou as justíssimas manifestações por justiça racial nos Estados Unidos. No entanto, as grandes marcas se aproveitam desse triste episódio para ajustar as contas com o Facebook. Usa a temática politicamente correto para ganhar mais dinheiro.

O Blog do Esmael não morre de amores pelo Facebook, pelo contrário. Nossa página sempre foi um espaço crítico à empresa de Mark Zuckerberg, às fake news e os discursos de ódio. No entanto, como não somos caolhos, enxergamos nessa movimentação das grandes companhias uma grande reestruturação do mercado publicitário mundial.

Economia

O “boicote” dos maiores players publicitários é, usando uma expressão brasileira, “para inglês ver”. “Até o final do ano eles voltam”, estima Zuckerberg.

A expressão “para inglês ver” remonta ao período do Brasil colônia, quando os traficantes de escravos tentavam driblar os tratados contra o tráfico de escravos. A coroa portuguesa jurava ao império britânico que estava transportando “especiarias”, contudo, na verdade, era pessoas vindas da África para o trabalho forçado nesse hemisfério.

O “boicote” ao Facebook visa renegociar novos preços, pois, se se tratasse de rompimento, as maiores marcas do planeta se negariam a rediscutir suas campanhas “num ambiente de ódio” supostamente criado pela empresa de Zuckerberg.

As marcas falam em “fracasso” nas negociações com o Facebook. Ora, não se negocia com violador de direitos humanos fundamentais. Mas os grandes anunciantes continuam a negociar com o Facebook…

Para o Blog do Esmael, todo racista é um FDP.

Já o capitalismo, ora, o capitalismo, aproveita-se da desgraça humana para fazer mais dinheiro.

Ou você, caro leitor, acredita que há humanismo no capital?

Também acredita em papai Noel e coelhinho da Páscoa?