Russos preveem preço de até R$ 32 o litro da gasolina

► Botijão do gás de cozinha de 13 kg será comercializado por R$ 600; o litro de etanol será vendido por R$ 20; e diesel a R$ 24

Reportagem de fôlego do site Russia Today, o RT, estima que o barril de petróleo poderá ser comercializado com preços entre US$ 300 e US$ 500 por causa da especulação no mercado internacional. Nesta quarta-feira (23/03), as bolsas de valores mundiais estão cotando em US$ 118,93 o barril do petróleo tipo Brent.

Dentro dessa lógica especulativa, da qual o Brasil faz parte, o preço do litro da gasolina poderá ser vendido por até R$ 32 em brevíssimo tempo; se levarmos em consideração a paridade de preço adotada pela Petrobras, o botijão do gás de cozinha de 13 kg será comercializado por R$ 600; o litro de etanol será vendido por R$ 20; e diesel a R$ 24.

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Note o caro leitor que os valores previstos em reais são meras projeções, dentro da previsão russa. Mas não seria nenhum exagero se essa explosão nos preços dos combustíveis vier ocorrer no País em virtude da paridade, que foi criada somente para beneficiar o capital parasita e acionistas privados na estatal petrolífera brasileira.

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Segundo o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak, a recusa completa do Ocidente em comprar petróleo russo pode levar a um aumento no preço das matérias-primas no mercado mundial de até entre US$ 300 e 500 dólares por barril.

A RT recorda que Estados Unidos e Inglaterra tomaram a decisão de boicote anteriormente, e agora a possibilidade de introduzir um embargo de petróleo está sendo estudada na União Europeia.

O Kremlin alerta para os altos riscos de tal iniciativa para a União Europeia.

Economia

Segundo especialistas, a Europa hoje não tem nada para substituir completamente o petróleo russo. Além disso, de acordo com os mesmos especialistas, o principal risco para a UE está nas prováveis ​​contra-sanções de Moscou, incluindo a suspensão do fornecimento de gás e carvão aos países da região – o que poderá corroborar com a escalada nos preços mundiais dos combustíveis.

Atualmente, a Rússia é a maior fornecedora de hidrocarbonetos para a Europa. De acordo com as últimas estimativas do Eurostat, a UE compra cerca de 41% do seu gás e 27% do seu petróleo.

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Se o Ocidente pretende embargar o petróleo russo, Vladmir Putin então planeja drenar o precioso líquido negro para o Oriente. Moscou estuda redirecionar o fornecimento de energia do Ocidente para o Oriente e criar novas cadeias de suprimentos. As empresas petrolíferas russas já estão fazendo isso, observou o vice-primeiro-ministro.

Quase 4.400 restrições foram impostas à Rússia no mês passado, de acordo com o banco de dados global de rastreamento de sanções Castelllum.AI.

As restrições, em particular, afetaram o setor bancário e o comércio. Junto com isso, quase metade das reservas de ouro e divisas do Banco Central foram congeladas, e muitas empresas internacionais anunciaram sua retirada da Rússia.

Hoje é o 28º dia de guerra na Ucrânia, cuja operação especial foi iniciada pela Rússia no dia 24 de fevereiro. Desde lá, os especuladores estão fazendo uma farra com o preço dos combustíveis – inclusive no Brasil – embora a Petrobras seja autossuficiente. Tudo isso com a permissividade do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o apoio da velha mídia corporativa, que atua como braço armado de bancos e especuladores.