Rodrigo Rocha Loures*
A ação política deve fazer parte do dia a dia do empresário, mas num ano eleitoral esta ação deve ser ainda mais intensa.
Os empresários são os maiores geradores de emprego, renda e tributos. Mas seu papel não se limita a empreender e gerar riqueza; vai muito além. à‰ preciso assumir bandeiras como a do fortalecimento da sociedade e o saneamento da política pública.
Há muito que o relacionamento do empresariado com o governo se pauta por queixas, principalmente contra a política tributária, eterna pedra no caminho do crescimento econômico. Comumente, o empresário participa da política através de uma agenda setorial, do lobby nos parlamentos ou no Executivo, ou financiando candidaturas nas eleições. à‰ pouco, muito pouco.
A atuação política do empresário deve ir além. Precisamos mudar e esta mudança passa por uma ação de inteligência política. O que significa isso? Significa abrimos mão de sermos atores políticos sem expressão para nos tornarmos fortes e influentes. Nossa atuação precisa ser organizada e sistemática, impondo o respeito necessário a uma categoria que atua com competência nos contextos em que está inserida.
Ocupar este espaço com inteligência e sofisticação significa ter propostas, discurso, bandeiras capazes de respaldar ações cujo desfecho é a participação direta na formulação das políticas públicas voltadas não apenas para um segmento profissional, mas para toda a comunidade.
O ano eleitoral é a oportunidade perfeita para retomarmos com força nosso papel político na sociedade. As eleições são o momento em que o debate político ganha maior destaque nos meios de comunicação e, consequentemente, na agenda de interesses da sociedade. E é aí que uma ação política do empresariado, feita com inteligência, sofisticação e determinação pode trazer resultados surpreendentes.
*Rodrigo Rocha Loures é fundador da Nutrimental e ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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