O neo-bolsonarista Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, partiu para o ataque contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ‘decano’ do PSDB.
Jefferson chamou o velho tucano de “comunista dissimulado” e ultrapassa os limites do respeito humano ao desejar que o ex-presidente seja visitado pelo Coronavírus e contraia a Covid-19. Confira:
“Tenho aversão ao fabianismo de FHC. Comunista dissimulado, velho e mau como o diabo. Precisava da visita do Covid19. Seu colega de partido, Bruno Covas, já cavou várias sepulturas no cemitério. Será que reservou uma para o Velho Bruxo? Ele já está rendendo muito. Vade retro…”
Tenho aversão ao fabianismo de FHC. Comunista dissimulado, velho e mau como o diabo. Precisava da visita do Covid19. Seu colega de partido, Bruno Covas, já cavou várias sepulturas no cemitério. Será que reservou uma para o Velho Bruxo? Ele já está rendendo muito. Vade retro…
— Roberto Jefferson (@blogdojefferson) July 5, 2020
A análise de Roberto Jefferson é, no mínimo, equivocada; pois, o governo de Fernando Henrique foi muito parecido com o que Bolsonaro está fazendo, principalmente na economia e nos direitos sociais.
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FHC conduziu o maior movimento de privataria da história do Brasil, entregando a preço de banana e com financiamento subsidiado pelo BNDES jóias como a Companhia Siderúrgica Nacional, a mineradora Vale do Rio Doce, além das empresas de telecomunicação e muitas outras.
Roberto Jefferson “esquece” que ele próprio foi um dos principais aliados do governo de Fernando Henrique. Ele votou junto com o governo pelo fim do monopólio estatal das empresas de telecomunicações e da extração, refino e transporte do petróleo e gás natural da Petrobras.
Ele também foi um dos 386 deputados que votaram favoravelmente à emenda que instituiu a reeleição no país, concedendo um novo mandato a FHC. .
Essa votação foi motivo de denúncias de compra de votos de parlamentares mas nada foi comprovado. Jefferson ainda votou favoravelmente à reforma da Previdência de FHC, em 1998.
Depois, ele apoiou Lula e traiu o presidente petista quando foi denunciado por propina nos Correios, criando o termo “mensalão”.
Ou seja, Jefferson é um governista de ocasião, que não se furta em atacar os ex-aliados todos… Jair Bolsonaro pode ser o próximo.
Com informações do Nexo.
Bolsonaro sabujo, ministros e filho comemoram independência dos EUA
O presidente Bolsonaro (sem partido), se reuniu em Brasília, com ministros do governo, o filho deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e o embaixador norte-americano, Todd Chapmann, em almoço de comemoração do dia 4 de julho, da Independência dos Estados Unidos.
Estavam presentes os ministros da Casa Civil, Braga Netto; das Relações Interacionais, Ernesto Araújo; da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos e da Defesa, Fernando Azevedo.
A reunião ocorreu um dia após passar a vigorar a Lei 14.019, que determina a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção individual em espaços públicos e privados durante a pandemia do novo coronavírus.
Ao sancionar a lei na madrugada desta sexta-feira (3), Bolsonaro vetou o a obrigatoriedade do uso de máscaras em estabelecimentos comerciais, industriais, templos religiosos e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas.
As informações são do Brasil de Fato.
Jair Bolsonaro era o ‘Rei da Rachadinha’ na Câmara, diz Folha
Reportagem da Folha de S. Paulo, deste domingo (5), aponta o então deputado Jair Bolsonaro como o ‘Rei da Rachadinha’ nos 28 anos que ele atuou como deputado federal (1991 a 2018).
O jornal resgata as fortes movimentações de funcionários, entre demissões e recontratações, com aumentos e diminuições de salários, durante o período –prática hoje proibida na Câmara.
Há também contratações cruzadas com os filhos o então deputado estadual Flávio Bolsonaro, na Alerj, e Carlos Bolsonaro, vereador no Rio.
A Folha desta três personagens emblemáticas nas rachadinhas, Marselle Lopes Marques, uma das filhas do ex-assessor Fabrício Queiroz, Wal do Açaí (Walderice Santos da Conceição) e Patrícia Cristina Faustino de Paula. Elas são investigadas pelo Ministério Público do Rio.
As três têm conexão entre pai e filhos Bolsonaro. Elas participaram de uma ‘montanha-russa funcional’ atípica com exonerações, readmissões, corte e aumento de salários.
Segunda a Folha, Bolsonaro realizou 18 exonerações e recontratações no mesmo dia. Isto, afirma a reportagem, era para garfar o 13º salário proporcional e indenização por férias.
O Globo, em reportagem de 2019, mostrou que o clã Bolsonaro —Jair e seus três filhos políticos, Flávio, Carlos e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)— contratou, desde os anos 1990, 102 pessoas que têm algum parentesco entre si, em 32 núcleos familiares diferentes.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.