Depois de debelar uma “grevezinha” de educadores que durou uma semana, no mês de abril, o governador Beto Richa (PSDB) poderá agora encarar uma inédita greve na Polícia Militar. Havia 14 anos que não ocorria greve na educação. A última manifestação de policias e de suas esposas ocorreu há 13 anos, ambos os fatos no governo Jaime Lerner.
“Grevezinha” foi o adjetivo usado na segunda-feira (5) pelo tucano na entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura, para falar sobre a insatisfação do magistério paranaense, que ainda lhe cobra respostas sobre promessas passadas e recentes.
Richa resgatou o ideário do ex-governador Jaime Lerner, considerado um dos piores da história do Paraná, ao criar ambientes favoráveis à s greves na educação e na PM.
Tanto policiais quanto professores estão muito insatisfeitos com o atual governo, como alertou ontem o colunista deste blog Requião Filho (clique aqui).
A possibilidade de greve na PM é considerada pelo presidente da Amai (Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos Inativos e Pensionistas), coronel Elizeo Ferraz Furquim, em entrevista à Gazeta do Paraná, disse que as principais questões giram remuneração por subsídio, que acontece de forma inconstitucional no Paraná, proporcionando apenas o avanço de carreira vertical e não horizontal.
Segundo o coronel, os policiais também exigem melhorias no atendimento da saúde.
Para se ter uma ideia, a dificuldade de atendimento dos servidores do Estado é em relação ao atendimento secundário, quando à necessidade de tratar alguma especialidade. No hospital da polícia até mesmo o atendimento primário, ambulatorial, apresenta problemas!.
Na crise de 2001, Lerner mandou o Batalhão de Choque bater nas mulheres dos policiais militares, que estavam acampadas por nove dias em frente ao quartel da PM. Elas foram à s lágrimas diante da insensibilidade do governo do estado. Recorde, assista ao vídeo com reportagens da época:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.