Acusado de vender tempo de TV, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) foi uma das 12 legendas que apoiaram em 2014 a reeleição do governador Beto Richa (PSDB).
Beto Richa contou com o apoio dos seguintes partidos na última eleição que disputou: Solidariedade, PROS, PSTC, DEM, PSC, PSD, PR, PP, PSB, PMN, PRB e PSL.
“No mercado da corrupção eleitoral quanto custa uma legenda com horário na TV? Quantos partidos apoiaram Beto Richa?”, põe sob suspeita o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que, em 2014, perdeu a corrida para o tucano justamente por não dispor de tempo no horário eleitoral.
Na época, para competir “em pé de igualdade” com Beto Richa, o senador Requião criou uma televisão caseira batizada de TV 15, que “continuava” o horário eleitoral pela internet.
Na “edição” do Jornal Nacional, da TV Globo, na noite deste sábado (29), o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, declinou o esquema de compra do tempo de TV.
Segundo o delator da Odebrecht, em matéria editada, frise-se, o PROS vendeu tempo de rádio e TV às campanhas de Paulo Skaf, candidato do PMDB em São Paulo; Delcídio do Amaral, candidato do PT em Mato Grosso do Sul; Marconi Perillo, candidato do PSDB em Goiás; e Anthony Garotinho, candidato do PR no Rio de Janeiro.
Na reportagem da Globo, o governador do Paraná não é listado na delação de Alexandrino porque o objetivo central da mesma era atingir o PT e a macular a legitimidade da eleição de Dilma Rousseff.
Nunca é demais lembrar que a vice-governadora Cida Borghetti foi eleita na chapa do tucano pelo PROS, mas, após a vitória, em fevereiro do ano passado, a mulher do ministro da Saúde Ricardo Barros voltou para o PP.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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