Requião no PT para consertar o Paraná e ajudar Lula consertar o Brasil

Por Arilson Chiorato*

Há exato um ano, nas vésperas do aniversário de Curitiba, planejávamos realizar a “Geringonça” – um movimento plural e suprapartidário – que discutiria projetos de desenvolvimento para o Paraná.

Também, em paralelo, discutíamos a pré-candidatura do ex-senador Roberto Requião para capitanear esse movimento em defesa das empresas públicas, congelamento das tarifas de água e luz, contrário aos abusos do pedágio, a favor da micro e pequena empresa. Essa frente surgiu aliada aos interesses dos trabalhadores e dos paranaenses.

Não só conseguimos reunir as forças vivas da sociedade, partidos políticos, movimentos populares, enfim, pessoas que comungam da necessidade de um governo de verdade, como ainda cumprimos a tarefa de elaborar as premissas de um governo popular e progressista. Em virtude da pandemia, realizamos um encontro virtual no dia 29 de março de 2021, aniversário da capital paranaense, com os atores que [hoje] ou participam da federação partidária de esquerda ou estão no espectro da pré-candidatura de Requião.

No segundo semestre do ano passado, entre agosto e dezembro, também nos associamos na “Caravana da Esperança”, de forma plural e suprapartidária, com o intuito de ouvir nas regiões do estado as demandas e socializar nossa elaboração inicial. Foram ao menos dez amplas, representativas e vitoriosas reuniões com a sociedade civil, partidos, sindicatos, associações comerciais e industriais, clubes de serviços, etc., que ainda clamam por mudanças no Paraná e no Brasil.

Candidatura de Requião é uma bênção para os municípios, dizem prefeitos

Esse trabalhado coletivo de um ano foi coroado na última sexta-feira, dia 18 de março, com a filiação de Requião no Partido dos Trabalhadores. Sua entrada no PT foi uma construção forjada na luta concreta, ouvindo os partidos aliados e movimentos populares, que o ajudaram amadurecer a decisão. O ato político contou com a presença de Lula, nosso ex e futuro presidente da República, bem como de governadores, senadores, deputados, líderes sindicais, dentre outras lideranças do campo democrático e do PT. Foi um dia histórico, uma linda festa democrática realizada em Curitiba, que prosseguiu no dia seguinte em Londrina, durante visita ao assentamento do MST Eli Vive.

Economia

Requião não veio sozinho ao PT. Ele trouxe para o partido valorosos e combativos dirigentes da Força Sindical, Sérgio Butka e Nelsão de Souza, cujo impacto no mundo do trabalho nacional será inexorável. Também se filiou na nossa legenda o deputado Requião Filho, um dos melhores parlamentares da ALEP, que desde seu primeiro mandato se alinhou à nossa bancada do PT e da Oposição ao atual governador do Paraná.

Em seu discurso na filiação, Requião disse a que veio: candidatar-se ao governo do estado e integrar a formação de uma frente ampla para varrer o obscurantismo de extrema direita e devolver a soberania ao país, com Lula na Presidência.

– Talvez essa seja a batalha das nossas vidas – sentenciou Requião.

– Não há outra saída, Lula é a salvação do país, em uma frente política, um movimento de redenção do Brasil – disse o pré-candidato ao governo do Paraná.

– Integro-me hoje ao Partido dos Trabalhadores, escravo dos mesmos compromissos com que, lá no final dos anos 70, filiei-me ao Movimento Democrático Brasileiro. Faço aqui uma renovação de votos, reafirmando minha fidelidade ao povo brasileiro e ao meu país – declarou Requião.

Requião tem razão outra vez. Não há outra saída. É preciso elegê-lo ao governo para consertar o Paraná e eleger Lula para consertar o Brasil.

*Arilson Chiorato, Deputado Estadual, Presidente do PT – Paraná e Mestre em Gestão Urbana pela PUC-PR. Líder da Oposição na ALEP.