Requião: não quero um ‘Lulinha paz e amor’, quero um Lula que apoie um referendo revogatório

A decisão do ministro do STF, Edson Fachin, que anulou as condenações do ex-presidente Lula não surpreendeu o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR). “Me surpreendeu a oportunidade de Fachin, com atraso de 5 anos. A decisão é correta, mas ocorreu por conveniência política e ideológica”, disse.

Para o emedebista, Fachin desafiou o ministro Gilmar Mendes –diferente do que fala a imprensa.

“Por que só agora?”, questiona Requião, ao falar sobre a anulação de todos os processos contra Lula. “Foi uma decisão acertada, mas com atraso de cinco anos”, disse.

Segundo o ex-senador, as acusações contra Lula já estão prescritas, portanto, afirma ele, a remessa dos autos para a Justiça do Distrito Federal não surtirá efeito algum contra o petista.

A recuperação de seus direitos políticos coloca Lula no protagonismo da oposição, avalia Requião.

“Espero que Lula assuma a revogação de todos os atos, desde o Michel Temer, de entrega da água, energia e do petróleo”, disse.

Economia

Requião disse ainda que não gostaria de ver o ‘Lulinha paz e amor’ de novo. O ex-senador afirmou que espera que uma nova prática e o reconhecimento de erros –referindo-se aos ex-ministros da Fazenda Henrique Meirelles e Joaquim Levy, nos governos do PT.

Roberto Requião cobrou de Lula uma proposta de recuperação nacional com cinco pontos, antes da definição do nome da oposição que vai disputar a Presidência em 2022. “Que Lula esboce uma aliança com o povo”, disse.

“Espero que na coletiva de Lula às 14h00 ele deixe clara a intenção da revogação todas as medidas que feriram a soberania e impedem o desenvolvimento do Brasil. Que se oponha a alianças tão amplas que nos levem a perpetuação da posição de colônia, não de nação.”

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