Requião Filho pede informações sobre ‘supersalários’ no secretariado de Richa

requiao_supersalarios.jpgO deputado estadual Requião Filho (PMDB), nesta segunda-feira (23), no plenário da Assembleia Legislativa, vai apresentar um pedido de informações sobre os ‘supersalários’ dos secretários da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, e da Educação, Fernando Xavier.

Segundo o parlamentar peemedebista, há suspeita que o titular da Educação, cuja origem é o grupo educacional privado Positivo, tem assento em dez conselhos administrativos em empresas públicas do Paraná, o que lhe garantiria salário superior a R$ 110 mil ao mês.

Xavier foi alçado em fevereiro à  presidência do Conselho de Administração da Copel (Companhia Paranaense de Energia), um dos penduricalhos que reforçam o salário de R$ 23,6 mil como secretário da Educação.

Na mesma toada, o secretário da Fazenda, que defende com unhas e dentes o corte de salários e benefícios [dos outros], também conseguiu uma teta no Conselho de Administração da estatal de energia. Requião Filho acredita que ele, Mauro Ricardo, e o secretário da Educação, cada, estejam pendurados em pelo menos mais 9 cabides.

“Pelos cálculos iniciais, de acordo com nossas suspeitas, os secretários da Fazenda e da Educação têm ‘supersalários’ que fazem inveja a qualquer marajá. A mordomia deles pode ultrapassar a R$ 100 mil mensais. E é isso que queremos conferir com pedido de informações”, disse o deputado do PMDB.

O teto do funcionalismo público, de acordo com os vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), é de R$ 33,7 mil. Este também é o valor do salário do governador Beto Richa (PSDB), maior do país.

Economia

Quem também deu uma “bombada” no próprio salário foi Ivan Bonilha, presidente do Tribunal Faz de Conta do Paraná (TCE). Segundo o jornalista Celso Nascimento, colunista da Gazeta do Povo, o conselheiro perceberá mensalmente R$ 43.218,57 com o auxílio-moradia de R$ 4.377,73 extensivos aos demais conselheiros, procuradores e auditores do órgão. “Zombaria”, anotou o colunista.

Os próprios deputados estaduais também engordaram seus salários em 26%, que a partir deste mês receberão R$ 25.322,25 mensais. Paradoxalmente, os parlamentares, que deveriam defender o povo, ainda permanecem no aquecimento para votar — como se fossem carneirinhos amestrados — projetos que retiram direitos dos 200 mil servidores públicos. O mais emblemático é aquele que autoriza o confisco de R$ 8 bilhões do Paranáprevidência — a poupança previdenciária que pertence aos funcionários públicos — para cobrir rombos no caixa do governador tucano.

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