Requião ‘desenha’ e põe fim à falsa polêmica do ICMS no preço abusivo da gasolina

O ex-senador e ex-governador do Paraná, Roberto Requião (sem partido), irritado com os bolsominions, desenhou uma explicação para pôr fim à falsa polêmica sobre a responsabilidade dos estados pelo aumento abusivo dos combustíveis no País.

Com uma tabela simples, Requião arredondou em 28% a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), pela média geral de todos os estados e o Distrito Federal, para explicar o seguinte:

  • O ICMS em outubro de 2014, era de 28%; no mês de agosto de 2021, a alíquota do ICMS continua a mesma: 28%;
  • O barril de petróleo custava US$ 78,84 em outubro de 2014; agora, neste mês, o preço caiu para US$ 75,23;
  • O dólar [esse vilão] custava R$ 2,47 em outubro de 2014; nesse mês de agosto de 2021, a moeda americana é cotada a R$ 5,25;
  • O litro da gasolina era vendido a R$ 2,86 em outubro de 2015; hoje, o litro do combustível é vendido a R$ 7.

Requião desenhou esse gráfico para explicar que o preço da gasolina não tem nada a ver com ICMS. “É gestão”, assegura ele. Ou melhor: é a falta de gestão do presidente Jair Bolsonaro, que tem preferido passeios de moto, lives e manifestações antidemocráticas a governar este país.

Os aumentos pornográficos dos combustíveis no Brasil, autossuficiente na produção de petróleo, ocorrem porque Bolsonaro quer garantir a remuneração de sócios privados da Petrobras em detrimento do interesse dos consumidores nacionais. Ele adota a política de reajustes com base na variação cambial do dólar e na cotação internacional do petróleo.

O diabo nisso tudo é que os brasileiros pagam a gasolina, o diesel e o gás de cozinha em dólar, mas continuam recebendo salários em real. A moeda foi desvalorizada para beneficiar o agronegócio e os especuladores.

Por que Bolsonaro culpa o ICMS dos estados pelo preço da gasolina? Ora, desonestidade intelectual e desconhecimento de causa. O presidente cria mais um diversionismo para tapear os consumidores e não resolver o problema da carestia e dos preços altos.

Economia

A patifaria do governo é tamanha que, com apenas um litro de gasolina no Brasil, por sete reais, é possível encher dois tanques de 50 litros [100 litros] do combustível puro na Venezuela “comunista” –que Jair Bolsonaro diz combater.

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