Requião cobra posição de Lula e Ciro sobre ‘devolução da Petrobras ao Brasil’ na eleição de 2022

O pré-candidato ao governo do Paraná, Roberto Requião, comentou nesta sexta-feira (29/10) as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que absolveram Jair Bolsonaro, no caso das fake news, mas que cassaram o mandato do deputado Delegado Fernando Francischini (PSL-PR). “O pau que bateu no Francischini não bateu nem no Bolsonaro nem no Mourão”, disse. “Eita pauzinho sem-vergonha”, completou.

Por seis votos a 1, o TSE cassou na quinta (28/10) o mandato de Francischini por espalhar fake news contra a urna eletrônica nas eleições 2018. O mesmo tribunal julgou improcedentes as acusações contra Bolsonaro de abuso do poder econômico e uso indevido de meios de comunicação [disparos de WhatsApp] no mesmo pleito.

Requião também mostrou-se horrorizado com as declarações do ministro Defesa, Walter Braga Netto, segundo qual as privatizações da Eletrobras e da Petrobras não afetam a soberania nacional.

“Depois que o ministro da Defesa concorda em privatizar a Petrobras, a China, os Estados Unidos, e mesmo o Paraguai, estão interessados na concessão para administrar o Brasil por inteiro”, ironizou em seu protesto.

O político paranaense aproveitou para espezinhar Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência, que teceu elogios ao militar. “Vi uma manifestação de Ciro Gomes extraordinariamente elogiosa ao general Braga Netto. E agora, que ele admite vender a Petrobras?”, questionou.

“Se o ministro do Exército [Defesa] concorda com a privatização da Petrobras, pouco falta para que se terceirize as forças armadas, que conceda a um grupo econômico internacional a administração do Brasil. É isto que pensam as nossas forças armadas?”, perguntou ainda Requião, que disse se sentir “decepcionado” e “desamparado” como brasileiro, patriota e nacionalista.

Economia

“Lula e Ciro deveriam colocar agora com clareza como pretendem devolver a Petrobras ao Brasil”, cobrou o pré-candidato ao governo do Paraná.

Roberto Requião disse que ficou “simplesmente estarrecido” com a declaração do ministro da Defesa, general Braga Netto, concordando com as privatizações e verbalizando a adesão das forças armadas às teses neoliberais.

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