Rebelião em Piraquara termina, mas agentes penitenciários decretam greve para o dia 29

Terminou nesta tarde a rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP II), a vigésima deste ano no sistema penitenciário estadual. Revoltados com a situação de abandono, os agentes penitenciários do Estado decidiram entrar em greve no dia 29 de setembro, coincidindo com a licença do governador-candidato Beto Richa. Entidades de defesa dos direitos humanos cogitam pedir intervenção federal nas penitenciárias paranaenses.
Terminou nesta tarde a rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP II), a vigésima deste ano no sistema penitenciário estadual. Revoltados com a situação de insegurança e abandono, os agentes penitenciários do Estado decidiram entrar em greve no dia 29 de setembro, coincidindo com a licença do governador-candidato Beto Richa. Entidades de defesa dos direitos humanos cogitam pedir intervenção federal nas penitenciárias paranaenses.

Depois de mais de 30 horas, foi selado um acordo que pôs fim à  rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara(PEP II), ! a vigésima no sistema penitenciário estadual neste ano. ! O acordo inclui reforço na separação entre facções rivais, troca de colchões destruídos e retorno a visitação.

A rebelião, que ocorreu no bloco 3 da Penitenciária, teve início por volta das 7h45 da terça-feira (16), na entrega do café da manhã dos presos. O motivo seria o medo de parte dos presos de serem mortos ou torturados por uma facção rival.

Agentes penitenciários de todo o Parana, reunidos em assembléia na manhã de hoje decidiram entrar em greve no dia 29 de setembro. A data coincide com a licença que o governador Beto Richa (PSDB) vai tirar para se dedicar à  campanha eleitoral pela reeleição, que terá a votação em primeiro turno no dia 05 de outubro.

Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), entre as reivindicações estão o aumento do quadro de agentes penitenciários, regulamentação da aposentadoria especial e plano de carreira da categoria, retorno da capacidade de lotação original das unidades penais, ampliação do grupo de intervenção tática em todo o Estado e a implementação de equipamentos de segurança para os agentes (como rádios comunicadores, algemas e cadeados).

A reivindicação dos Agentes Penitenciários é por segurança dentro das unidades penais. A insegurança dentro dos presídios está insustentável. Por isso, infelizmente, não vimos outra opção a não ser deflagrar greve geral para que o governador invista no Sistema Penitenciário do Paraná e que tome medidas de segurança!, explica Antony Johnson, presidente do SINDARSPEN.

Além disso, o Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciárias (CNPCP), juntamente com os órgãos de execução penal e entidades estaduais de Direitos Humanos do Paraná, realizará uma reunião de emergência na próxima sexta-feira (19) para discutir a situação.

Economia

As entidades dos Direitos Humanos não descartam pedir intervenção federal nas penitenciárias paranaenses que, em menos de um ano, enfrentaram vinte rebeliões de presos.

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