► No plenário da ALEP, deputado da tropa governista sugeriu a apresentação de Projeto de Lei para “revogar” os adjetivos
►Também sussurrou-se sobre a conveniência de protocolar projeto para “proibir” ironias contra o governador
A semana começou muito tensa no Centro Cívico, em Curitiba, com discursos cada vez mais combativos da oposição e da situação na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).
O Blog do Esmael soube que o governador do estado, Ratinho Junior (PSD), está enlouquecendo com os adjetivos usados pela oposição para nominá-lo.
O deputado Soldado Fruet (PROS) é mais “odiado” no Palácio Iguaçu, segundo fontes governistas.
Na segunda-feira (11/04), após a batalha campal entre polícias civil e militar, no Detran, Fruet chamou o governador de “Rato Junior” e “covarde”.
O parlamentar foi duramente repreendido pela mesa executiva da ALEP e líderes governistas na Casa.
Nesta terça (12/04), foi a vez de o líder da Oposição, deputado Arilson Chiorato (PT), ser o alvo do mau humor governista.
O líder oposicionista denominou de “Governador Junior” – em alusão à ‘inexperiência’ semelhante a de um ‘estagiário’ – o governador Ratinho Junior.
Foi nesse contexto que o líder do governo, deputado Marcel Micheletto (PL), surtou da tribuna.
Micheletto disse que o adjetivo é pequeno e trata o governador de forma pequena.
No calor dessa discussão, no plenário da ALEP, ouviu-se de um deputado da tropa governista sugestão de um Projeto de Lei para “revogar” os adjetivos.
Outro empolgado parlamentar, situacionista, também sussurrou sobre a conveniência de protocolar um projeto para “proibir” ironias contra o governador – autoridade máxima do estado.
No contra-ataque, o líder governista disparou contra o ex-senador Roberto Requião (PT) – que não estava presente no plenário.
– O me chama que eu vou foi rejeitado duas vezes pelo povo, que não quer voltar atrás – disparou. “Ele comeu mamona”, atacou.
O ‘me chama que eu vou‘ foi um dos slogans de campanha pretérita de Requião e sobre ‘comer mamona’ o próprio ex-senador explicou isso aqui.
O que os deputados da oposição fizeram que desorganizou a situação na ALEP?
Fruet levantou suspeitas de irregularidades cabeludas na Ferroeste enquanto Arilson apontou falta de transparência nas empresas públicas, que não alimentam o site com despesas na Copel, Sanepar e Compagas – por exemplo.
Segundo Garganta Profunda do Palácio Iguaçu, informante do Blog do Esmael, o nervosismo também se explica por recentes pesquisas qualitativas.
Ratinho Junior teve a imagem danificada por causa da crise na segurança pública, sobretudo nas polícias civil e militar, cuja gravidade ficou exposta no confronto do Detran.
Assistir a sessão da ALEP
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.