PSOL pede registros de entrada e saída do deputado Luís Miranda no Planalto

O PSOL, através do deputado federal Ivan Valente (SP), solicitou informações sobre os registros de entrada e saída do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) nas dependências do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ministério da Saúde, Anvisa, da Polícia Federal e do Ministério de Justiça e Segurança Pública desde janeiro de 2019.

Luís Miranda afirmou à imprensa que levou pessoalmente ao presidente Jair Bolsonaro “provas contundentes” de irregularidades nas negociações para a compra da vacina Covaxin. “O presidente sabia que tinha crime naquilo”, disse o deputado. Miranda é irmão de um servidor do Ministério da Saúde que, segundo ele, teve conhecimento dos problemas.

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A ação do deputado Ivan Valente também solicita, através da Lei de Acesso à Informação (LAI), a relação e o conteúdo das agendas públicas, atas e listas de presença das reuniões das quais Luís Miranda tenha participado.

Economia

De acordo com o deputado, o encontro com o presidente ocorreu no dia 20 de março, às 16h30. Miranda conta que ele, o irmão e a esposa, que ficou na antessala, se encontraram com o presidente e entregaram provas concretas: a cópia do contrato, a nota fiscal que seria fraudulenta e a comparação entre elas.

Documentos do Ministério das Relações Exteriores mostram que o governo comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante. O imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em US$ 1, 34 a dose. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação da época) — a mais cara das seis vacinas compradas até agora.

As informações são do PSOL