Os deputados do PSOL na Câmara apresentaram um requerimento para que o ex-coordenador-geral de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), Gilson Libório de Oliveira Mendes, preste esclarecimentos ao plenário da Casa.
Coronel do Exército, Mendes era o chefe da área que elaborou o dossiê que lista os opositores do governo Bolsonaro. Ele foi demitido ontem pelo ministro da Justiça, André Mendonça, após a grande repercussão do caso.
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Os parlamentares querem que Mendes explique a atuação da Seopi na elaboração do relatório sigiloso que traz o nome de 579 servidores federais e estaduais identificados como integrantes do “movimento antifascismo”, contrário ao governo Bolsonaro.
“É grave que o governo utilize o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) como polícia política para perseguir seus opositores. A Secretaria de Operações Integradas (Seopi) foi criada com o suposto objetivo de integrar operações policiais contra o crime organizado”, lembra o documento assinado pela bancada do PSOL.
“Levantamento feito pelo jornal Estadão mostra que Mendonça trocou nove pessoas indicadas por Moro para compor a Seopi. No total, a Seopi é formada por quatro diretorias e dez coordenadorias”, concluem os psolistas.
A informação é do PSOL.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.