O deputado federal Ivan Valente protocolou uma representação na Comissão de Ética da Presidência da República, pedindo uma investigação do uso de servidores públicos como advogados em ações privadas pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.
Dois assessores do Ministério da Educação (MEC), Auro Hadano Tanaka e Victor Sarfatis Metta, atuaram como advogados de Weintraub. A prática configura improbidade administrativa pelo uso de servidor público para um serviço particular.
LEIA TAMBÉM:
URGENTE: Governo cede e anuncia adiamento do Enem
Lula acusa Globo de agir de má-fé em frase sobre coronavírus; assista
Recorde de mortes por Coronavírus no Brasil é destaque na mídia inglesa
Auro Tanaka foi nomeado em 15 de abril de 2019. Victor Metta, em 28 de maio de 2019. O salário de ambos é de R$ 13,6 mil. Victor Metta aparece como um dos advogados representando Weintraub em uma ação de danos morais contra o site Brasil 247, no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Seu escritório, Rosenthal Sarfatis Metta, entrou com a ação em 3 de outubro de 2019.
Em 28 de outubro do ano passado, Victor também aparece como representante de Weintraub em uma ação de danos morais contra a revista Fórum. No dia seguinte, 29 de outubro, o escritório também pediu danos morais contra o escritor Paulo Ghiraldelli Júnior, listando novamente Victor como um dos advogados em nome do ministro Abraham Weintraub.
Em novembro de 2019, Auro Tanaka moveu uma ação contra uma jornalista do “Valor Econômico” no Tribunal de Justiça de São Paulo. Na queixa-crime, a acusou de difamação.
À comissão de ética, o deputado do PSOL pede “que seja solicitado aos representados a apresentação dos contratos firmados para a prestação dos serviços de advocacia privada ao Ministro de Estado, bem como de comprovantes que demonstrem que os referidos servidores dedicam-se integralmente às funções inerentes aos cargos para os quais foram nomeados”.
Do site do PSOL, com informações do O Globo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.