O PSDB acha que engana o andar de baixo. Talvez consiga engabelar os mais desavisados, mas não a todos, por algum tempo. Talvez.
Os tucanos anunciam que vão fingir um rompimento com o ilegítimo Michel Temer. Explica-se a tramoia.
O PSDB vai sumular que rompeu, mas continuará votando tudo com o Tinhoso — especialmente as reformas que retiram direitos dos trabalhadores.
Diz o ditado que quando a esperteza é muito grande acaba engolindo o esperto.
O porta-voz dessa esperteza é o Ricardo Ferraço (PSDB-ES) que, à jornalista Mônica Bergamo, da Folha, disse que o PSDB romperá com o governo “mas seguirá votando a favor e liderando as reformas, que não são de Temer, e sim da sociedade. Entregar cargos não significa se opor aos interesses brasileiros”.
(Não. Ferraço não defende os “interesses brasileiros”, mas sim de seus financiadores de campanha. Por isso quer precarizar a mão de obra e acabar com a aposentadoria.)
Trocando em miúdos, o PSDB não pretende carregar o caixão de Michel Temer haja vista que o partido compartilha da ideia segunda qual o ilegítimo não termina o mandato, mesmo que o dito cujo consiga a absolvição no TSE.
PSDB sem rumo
Com 0% nas intenções de voto, segundo pesquisa Vox Populi/CUT, Aécio Neves (PSDB-MG) agora é assunto policial e, muito em breve, poderá morar na Papuda ou em Curitiba.
Em outras palavras, Temer não protege nem seus tucanos. Talvez isso explique o desencanto do PSDB com o golpe que planejou e executou imaginando Temer sua imagem e semelhança.
Pelo andar da carruagem, o PSDB poderá sonhar com uma vice do “asno pai” (by Requião) Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que outrora sonhara com a vice na chapa de Aécio.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.