Projeto tucano pode proibir manifestações; nem a ditadura militar ousou tanto

Em tempos de lava jato e de ditadura de toga tudo é possível no mundo das criminalizações, dos abusos, enfim, naquilo que reforce o estado de exceção vivido no Brasil. Dito isto, o Congresso Nacional pode votar projeto em regime de urgência para transformar manifestações de rua como “ato gravíssimo” em caso de um simples bloqueio de via pública.

A pacífica Vigília Lula Livre que ocorre em Curitiba há 96 dias, por exemplo, seria caso de polícia. A greve dos caminhoneiros no mês de maio, contra o aumento abusivo nos combustíveis, embora apoiado por 90% da população, também seria impossível pela proposta tucana.

De acordo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), se aprovado o pedido de urgência para tramitação do PL 1572/2007 feito pelo deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), a votação do projeto pode ser mais rápida.

A proposta de criminalizar movimentos sociais e sindicais e proibir manifestações populares é do ex-senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), preso desde maio por crimes de corrupção no “Mensalão Tucano”.

“A mordaça prevista no projeto de lei desengavetado às pressas pode endurecer penas para impedir manifestações de rua dos movimentos populares que lutam contra retrocessos e injustiças, como a lei trabalhista e a prisão política de Lula”, alerta a CUT.

Nem a ditadura militar ousou tanto [às claras] contra a liberdade de expressão.

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