Cerca de mil educadores que participaram de uma assembleia da APP-Sindicato, em Curitiba, neste sábado, dia 29 de março, aprovaram greve por tempo indeterminado nas 2,1 mil escolas da rede pública do Paraná a partir de 23 de abril.
Desde ontem, houve vários embates dentro da diretoria do sindicato — o que expõe a fratura no período pré-eleitoral na entidade que congrega cerca de 100 mil profissionais do magistério. Em setembro, a APP-Sindicato realiza eleição para renovar sua diretoria.
Na assembleia, a proposta de greve no dia 23 de abril foi defendida pelo secretário de Comunicação do sindicato, Professor Paixão, que levou a melhor na votação por 472 votos a 412. A presidenta da APP, Marlei Fernandes, foi a grande derrotada na reunião de hoje.
Na tarde de ontem, a direção da APP-Sindicato fez aprovar em seu Conselho Estadual o indicativo de greve para 6 de maio. No entanto, na assembleia, a base rechaçou a proposta, bem como greve de advertência nos dias 4 e 5 de abril.
Marlei então propunha que a greve começasse a partir de 28 de abril. Paixão defendeu 23 de abril.
A base presente na assembleia deste sábado rejeitou a continuidade da “política do cafezinho” porque não aguenta mais o odor exalado dos gabinetes e palácios. Professores e funcionários de escolas clamam por conquistas reais, condenam a complacência e a enrolação.
Vencida essa etapa, onde os derrotados lambem as feridas e os vitoriosos se jubilam, aproxima-se nova batalha: pela direção do movimento grevista.
Assista ao vídeo com a proposta derrotada:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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