Os professores da rede estadual de ensino, em greve há 17 dia, estão realizando uma série de atos nesta quinta-feira (14) para pressionar o governador Beto Richa (PSDB) a negociar e expor o descaso com que o tucano trata a educação pública e o funcionalismo estadual.
Logo no começo desta manhã, os educadores de Curitiba se reuniram na Boca Maldita onde fizeram uma exposição com fotografias do massacre do Centro Cívico. Eles aproveitaram a transmissão ao vivo da Rádio Band News FM, em cadeia nacional, e a presença do âncora Ricardo Boechat na capital, para mandar o grito de guerra: “fora Beto Richa!”.
Em seguida, os professores se dividiram em dois grupos. Parte deles realizaram um protesto em frente ao prédio da Secretaria da Fazenda do Estado, onde questionaram o gasto de R$ 2,8 milhões em propaganda para defender o confisco da previdência, mas para cumprir a lei da data-base diz não haver dinheiro.
O outro grupo foi para a sede da Receita Estadual. Os educadores recordaram da Operação Publicano do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que vem apurando desvios na Receita, em que até o primo do governador, Luiz Abi Antuon, foi indiciado e chegou a ficar preso por alguns dias.
À tarde, os professores e servidores acompanharão a discussão da medida cautelar proposta pelo Ministério Público de Contas do Paraná, que pede a nulidade da lei do confisco da previdência que será analisada no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Atos semelhantes aos de Curitiba estão sendo realizados por todo o Estado num esforço concentrado dos educadores para sensibilizar a população para sua causa. O governo joga pesado na publicidade para colocar a opinião pública contra os professores, como já anotou o Blog do Esmael.
Na sexta-feira (15) pela manhã o comando de greve estadual e o Conselho da APP se reúnem para avaliar o movimento. A APP não convocou assembleia da categoria em virtude da não apresentação de nenhuma proposta por parte do governo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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