A CPI da Pandemia revelou nesta terça (28/09), durante o depoimento da advogada Bruna Morato, que a operadora de saúde Prevent Senior fez pacto do “diabo” com o governo Jair Bolsonaro.
A depoente surpreendeu a comissão de investigação ao afirmar que havia um pacto –presume-se do “diabo”– para validar a cloroquina [medicamento ineficaz no tratamento da covid] e frear a lockdown.
De acordo com a advogada, o governo federal tinha esse “pacto” com a Prevent Senior para validar o tratamento com o chamado “kit covid”.
A prescrição era uma estratégia do plano de saúde para evitar a internação de pacientes nos hospitais da rede e reduzir custos.
Morato disse ainda aos senadores que o conluio ainda envolvia o Ministério da Economia, pasta de Paulo Guedes, para enganar os brasileiros de que a situação estava sob controle –quando não estava.
“Existe um interesse do Ministério da Economia para que o país não pare e, se nós entrarmos no sistema de lockdown, teremos um abalo muito grande. Existia um plano para as pessoas saírem para a rua sem medo. Eles desenvolveram uma estratégia. Qual? Através do aconselhamento de médicos. Era Anthony Wong, toxicologista, a doutora Nise Yamaguchi, especialista em imunologia, o virologista Paolo Zanotto. E a Prevent Senior iria entrar para colaborar com essas pessoas”, declarou.
Na pandemia, o Brasil perdeu cerca de 600 mil vidas enquanto o governo enaltecia “tratamento precoce” e retardava a vacinação no País.
Bruna Morato prestou depoimento como convidada, na condição de testemunha e advogada de 12 médicos, resguardada pelo Código de Processo Penal (CPP) para manter em sigilo a identidade de seus clientes.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.