Presidente da Argentina é aprovado por 74% em plena pandemia de coronavírus

Os primeiros 200 dias de governo do presidente Alberto Fernández, da Argentina, têm sido exitosos. Ele aparece com 74% de aprovação em meio à pandemia de coronavírus. Os números causam inveja a seu homólogo brasileiro Jair Bolsonaro, com um ano e meio de administração, tem 32%.

A aprovação recorde de Fernández também traz outro elemento inédito na política argentina. Ele conseguiu unir o país, da situação à oposição, acerca do combate ao coronavírus. Essa unidade era tentada há mais de 200 anos, dizem os analistas políticos do país vizinho.

Esse levantamento que mostra o presidente da Argentina com 74% de aprovação é do Opinaia, que em seu Public Opinion Tracking consultou 1800 pessoas, entre 15 e 25 de junho, e contrastou esses dados com as pesquisas dos meses anteriores, mesmo antes de da irrupção do Covid-19.

A Argentina é um dos países que mais endureceu as regras de quarentena na pandemia de coronavírus, por isso, Guido Moscoso, gerente de opinião pública em Opinaia e cientista político, divide a aprovação de Alberto Fernández em duas partes: “Os primeiros 100 dias de administração, conhecidos como ‘lua de mel’ e os outros 100 dias de pandemia e quarentena.”

“Esse apoio reconheceu e recompensou não apenas as fortes medidas preventivas contra o coronavírus, mas também os gestos de diálogo e unidade política das conferências conjuntas entre a oposição e o próprio Fernández”, disse Moscoso.

Se na política o presidente Alberto Fernández vai bem, obrigado, na economia a situação é diferente.

Economia

A atividade econômica de abril, o primeiro mês completo sob quarentena, teve uma retração de 26,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, puxada pela paralisia da construção, do comércio e da indústria. É o pior resultado da história.

A situação da economia não é muito diferente, por exemplo, da do Reino Unido, retrata nesta quarta-feira (1º) aqui pelo Blog do Esmael. A questão é ‘qual a saída’ que Fernandez escolherá para deixar a crise. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, optou pela política keynesiana, isto é, investimentos públicos pesados na infraestrutura objetivando recuperar os empregos, a produção e o consumo.

Já o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, não tem um plano consistente para o pós-pandemia. Pelo contrário. Ele empurra o Brasil para a mais profunda depressão econômica desde a Proclamação da República, em 1889.

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