Prefeitos de segundo mandato são abandonados pelo governador

Fadel foi esquecido pelo governador.
A história de abandono do prefeito Jota Camargo (PSC), de Colombo, região metropolitana de Curitiba, após eleições de 2010, se repete entre a maioria dos prefeitos que estão cumprindo o segundo mandato.

Reeleitos em 2008, eles estão vendo o Palácio das Araucárias (sede do governo do estado) aliar-se a antigos desafetos locais para as disputas municipais do ano que vem. Em comum os “traídos” apoiaram a candidatura do governador Beto Richa (PSDB), que derrotou Osmar Dias (PDT) em 2010.

Um grupo de prefeitos da região Norte Pioneiro, em contato com este blogueiro, afirmou que “prefeito de segundo mandato não tem vez, foi abandonado”.

O caso de abandono mais conhecido pela frente política no estado é do prefeito de Castro, Moacyr Fadel (PMDB), presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), que apoiou o tucano na disputa pelo governo. Ele esperava ser recompensado com uma convocação para o secretariado, mas teve que sentar enquanto aguarda o chamamento! que nunca vem.

“O Fadel deu a cara para bater nas eleições e quase foi expulso do PMDB por causa do apoio que deu ao governador”, conta um prefeito da região metropolitana de Curitiba.

Este blogueiro também conversou com o presidente da AMP. Elegante nas palavras, Fadel considera “normal” essa paralisia geral no início de governo. Ele, no entanto, critica a supervalorização dos deputados estaduais da base governista em detrimento dos prefeitos que representa.

Economia

Outro prefeito, da região Sudoeste, contabiliza que “pelo menos 90% dos colegas de todo o Paraná estão insatisfeitos com o Palácio das Araucárias”.

“Tem prefeito que agendou audiência há seis meses, mais ainda não foi recebido”, desabafa. “E não se trata de oposicionista”.

Nas eleições municipais de 2008, 37% dos prefeitos paranaenses foram reeleitos.

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