Em nota conjunta, a Universidade Positivo e a RIC (TV Record) explicaram os motivos do súbito cancelamento do debate entre os candidatos a prefeito de Curitiba que fariam ontem (14). Mas não convenceram. Simplesmente amarelaram.
Os dois grupos puseram a culpa do cancelamento do confronto no PSOL da candidata Xênia Mello. Bobagem. Apenas pretexto.
Bastaria um olhar mais atento em direção ao Palácio Iguaçu para entender o real e verdadeiro motivo do cancelamento do debate.
Pelo sim pelo não, abaixo a reprodução do texto amarelão:
Curitiba, setembro de 2016.
A Universidade Positivo compartilha comunicado oficial do Grupo RIC a respeito do Debate da Jovem Pan:
NOTA OFICIAL
CANCELAMENTO DO DEBATE DA JOVEM PAN
Em função das manifestações de parte da comunidade acadêmica e do PSOL para que a Jovem Pan convidasse para o debate desta quarta-feira, 14 de setembro, a candidata Xênia Melo, cujo partido não possui, de acordo com a Lei Eleitoral, o direito assegurado de participar do programa, o Grupo RIC esclarece:
1) A emissora cogitou incluir no debate a referida postulante, além do candidato Afonso Rangel (PRP), visando, sobretudo, atender a um novo formato de discussão eleitoral, marcado pela liberdade e interatividade, nos mesmos moldes do que já é realizado nas eleições dos Estados Unidos e em diversos países da Europa. Entretanto, a entrada de dois novos candidatos, mantendo-se a regra ajustada anteriormente com os demais postulantes ao cargo de prefeito, não encontraria espaço viável na grade de programação da Jovem Pan por conta da limitação de horário para a exibição do programa obrigatório “A Voz do Brasil”, com início limite das 21h;
2) No mesmo sentido, não há tempo hábil para discussão e aprovação de novas regras para o encontro;
3) Frente a esse cenário, a Jovem Pan estudou a realização do debate conforme a previsão inicial, mas se viu obrigada a cancelar o evento por conta de manifestações proferidas em redes sociais por um pequeno grupo disposto a atrapalhar o bom andamento do debate;
4) Além disso, o Grupo RIC ponderou a existência de um risco concreto de promoção de atos de intolerância em um ambiente de acesso aberto, o que poderia gerar insegurança aos alunos, professores, profissionais de imprensa e candidatos;
5) O Grupo RIC lamenta sobremaneira o ocorrido, uma vez que se está por ferir o direito da maioria de saber as propostas dos candidatos cujos partidos e coligações se mostram viáveis em alcançar êxito eleitoral;
6) Por fim, o Grupo RIC reitera o seu firme compromisso com a democracia brasileira, com o seu direito/dever fundamental de informar, com a Lei e com as instituições.
Grupo RIC
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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