Pix ‘congelado’ a mil reais durante a noite, das 20h às 6h, decide Banco Central

O Banco Central do Brasil (BC) decidiu ‘congelar’ em mil reais os pagamentos eletrônicos por meio do Pix nas noites. Segundo a autarquia federal, a medida visa aumentar a segurança de pessoas que estariam sendo vítimas de roubos e sequestros.

O BC comunicou nesta sexta-feira (27/08) que estabeleceu limite de R$ 1.000,00 para operações entre pessoas físicas (incluindo MEIs) utilizando meios de pagamento em arranjos de transferência no período noturno (das 20 horas às 6 horas), incluindo transferências intrabancárias, Pix, cartões de débito e liquidação de TEDs.

De acordo com o banco, o estabelecimento de limite aumenta a proteção dos usuários e contribue para reduzir o incentivo ao cometimento de crimes contra a pessoa utilizando meios de pagamento digital.

Mais da metade da população brasileira não ganha mil reais por mês

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirma que, em 2020, 105 milhões de pessoas têm menos de R$ 15 por dia para satisfazer todas as suas necessidades básicas. Esse valor correspondia a R$ 438 mensais. De lá para cá, a situação piorou ainda mais por causa pandemia e da falta de política econômica do presidente Jair Bolsonaro. Os dados são referentes à renda média real domiciliar per capita de 2019, apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Rendimento de todas as fontes 2019.

Nesse momento em que se fala na limitação de R$ 1 mil as transferência pelo Pix, pode até parecer uma provocação para a maioria absoluta da população brasileira.

Afinal, em 2021, quantos brasileiros têm R$ 1 mil reais?

Economia

Note que estamos falando de pouco mais de um salário mínimo [R$ 1.100], lembra?

No começo de 2020, o PNAD-Contínua do IBGE estimava que apenas 27 milhões de brasileiros só ganhava um salário mínimo [dados de 2019].

O diabo é que a situação só degringolou desde então. Bolsonaro conseguiu a proeza de transformar o Brasil na nação que mais tem desocupados no planeta Terra. Estima-se 105 milhões, a metade da população, que estão precarizada, semiescravizata, pejotizada, enfim, aviltada.

Brasil virou uma “Suíça” para os ricos

A ideia de Bolsonaro transformar o Brasil numa “Suíça” para que vingou. O país montanhoso da Europa, cujos símbolos são os Alpes, tem uma população de 8,5 milhões –equivalente ao estado do Pará, que tem 8,7 milhões de habitantes. Cerca de 200 milhões de brasileiros ficariam à margem do consumo e da existência como pessoa humana.

A máxima do ministro da Economia, Paulo Guedes, “se vocês morrerem, o país decola” –se referindo aos pobres– demonstra a raiz fascista do governo. Aliás, esse mesmo Guedes questionou qual seria o problema de aumentar a tarifa de energia na iminência de um apagão.

“Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?”, indagou na quarta-feira (25/08). É mentira que o apagão é culpa de São Pedro.

O problema é que não há salário ou emprego que suportem esses tarifaços, que são produto do “desinvestimento público” e da privatização do setor energético. Ou seja, o brasileiro/consumidor já amortizou [pagou] as usinas, mas agora é chamado a pagar novamente a conta porque o setor privado não investe em infraestrutura, na geração e na distribuição do insumo.

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