Apontado pelo auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, delator na Operação Publicano, como beneficiário de parte das propinas coletadas na Receita Estadual, o governador Beto Richa (PSDB) anunciou nesta quinta-feira (16) um “pacote anticorrupção” no órgão fazendário.
Segundo investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço policial do Ministério Público do Paraná, o lobista Luiz Abi Antoun, primo do governador, seria o chefe da quadrilha que atua na Receita, que arrecadava dinheiro para a reeleição do parente tucano.
De acordo com a Agência Estadual de Notícias, órgão oficial do governo do Paraná, Richa encaminhou ontem (15) mensagem à Assembleia Legislativa com o objetivo de “tornar mais rigorosas as punições por desvios de conduta”.
O “pacote anticorrupção” do governador coincide com o pedido do Gaeco, esta semana, para que o procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia, chefe do Ministério Público, abra investigação contra Beto Richa, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Durval Amaral, o filho dele, deputado Tiago Amaral (PSB).
O Ministério Público já denunciou à Justiça 125 pessoas, que foram investigadas pela Operação Publicano. Dentre os denunciados por corrupção na Receita Estadual está Luiz Abi Antoun, o parente do governador do PSDB.
Paralelamente, às 19h30 desta quinta-feira (16), na Câmara Municipal de Londrina, os promotores do Gaeco/Ministério Público vão prestar contas em audiência pública. Eles pretendem lançar uma “Carta de Londrina” pedindo agilidade do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) no julgamento e punição de corruptos.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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