O jornal Gazeta do Povo, edição deste sábado (19), na capa, diz que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o afastamento do conselheiro Fabio Camargo do Tribunal de Contas do Paraná (TC). A reportagem de Euclides Lucas Garcia e Diego Ribeiro afirma que o ex-deputado eleito em julho para a vaga está na marca do pênalti.
A ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é a relatora do processo que investiga suposto tráfico de influência que teria sido praticado pelo pai de Fabio, desembargador Clayton Camargo, presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ), na época, que teria usado o cargo para elegê-lo conselheiro.
No centro da confusão está o governador Beto Richa (PSDB), que teria liberado sua base de apoio na Assembleia Legislativa para apoiar Camargo em troca da liberação de R$ 2,1 bilhões relativos a depósitos judiciais para a Conta Única (CU) do tesouro estadual (clique aqui para relembrar).
Sobre isso, o primeiro-secretário da Assembleia, Plauto Miró (DEM), depois de derrotado na sessão de 15 de julho, afirmou: Deixo aqui registrada minha estranheza e tristeza de poder ver que fui uma mercadoria que participou de uma barganha entre os poderes do Paraná!.
O jornal fala em “segundo tempo” na disputa pelo TC ao destacar que o empresário Max Schrappe, que também concorreu à vaga de conselheiro, quer a anulação do pleito e a realização de uma nova disputa para o cargo.
Se realmente a Assembleia Legislativa do Paraná realizar nova eleição para o TC, muito provavelmente, o maior beneficiário seria o deputado Plauto, que teria uma nova chance.
Naquela polêmica sessão, Camargo obteve 27 votos contra 22 de Plauto. O professor e advogado Tarso Cabral Violin fez dois votos. Paulo Roberto teve 1 voto.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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