PGR é a favor da prisão de Lula, mas engavetou ações penais contra tucanos

A procuradora-geral da República Raquel Dodge, indicada por Michel Temer para o cargo, em setembro, manifestou-se ao STF nesta quarta (14) contra a concessão de um habeas corpus preventivo ao ex-presidente Lula. Caso a corte leve em conta a opinião da PGR, o petista poderá ser preso imediatamente.

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Lula foi condenado na segunda instância, isto é, no TRF4, a 12 anos e um mês de prisão em regime fechado no caso do tríplex do Guarujá (SP).

Dodge não aplicou o mesmo rigor aos demais políticos nesses poucos meses que está à frente do MPF. Até o início de dezembro de 2017, por exemplo, a procuradora-geral tinha dobrado o número de engavetamentos de ações penais contra políticos. Os mais célebres foram em favor dos tucanos Beto Richa (governador do Paraná) e do senador paulista José Serra (caixa dois).

“Enquanto o STJ não decidir o pedido feito naquele Habeas Corpus, não é possível abrir a jurisdição do Supremo Tribunal Federal, que consiste em examinar a decisão daquela Corte Superior”, afirma.

O diabo é que o “limbo” — o fato de o STF não decidir nada — ajuda na estratégia dos fundamentalistas da mídia e do judiciário que querem prender Lula para tirá-lo da eleição presidencial deste ano.

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