PGR denuncia governador do Amazonas e mais 17 por organização criminosa

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, hoje (26), o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e mais 17 pessoas pelos crimes de organização criminosa e peculato, cometidos no enfrentamento da pandemia da covid-19 no estado.

Na peça, apresentada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a subprocuradora Lindôra Araújo sustenta que Lima, o vice-governador Carlos Almeida (PTB), o secretário da Casa Civil, Flávio Antony Filho, o ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias, além de servidores e empresários, estariam envolvidos em irregularidades na compra de respiradores para tratamento de pacientes com a covid-19.

Segundo a subprocuradora, foi instaurada “uma verdadeira organização criminosa que tinha por propósito a prática de crimes contra a administração pública, especialmente a partir do direcionamento de contratações de insumos para enfrentamento da pandemia, sendo certo que, em pelo menos uma aquisição, o intento se concretizou”.

LEIA TAMBÉM
Bolsonaro luta para derrubar Renan da relatoria da CPI da Covid

PT entra com representação no TCU para sustar MP de Bolsonaro que permite a privatização da Eletrobras

Notícias ao vivo da Covid: Brasil tem 391.936 óbitos e 14.369.423 casos acumulados
A PGR pede a condenação dos denunciados, a perda dos cargos pelos servidores públicos e pagamento de R$ 2,1 milhões de indenização pelos supostos desvios.

Economia

De acordo com a procuradoria, uma segunda denúncia contra o governador e três servidores pelo crime de peculato também foi apresentada. A PGR acusa Wilson Lima de realizar o “fretamento indevido” de uma aeronave para transporte de respiradores.

Outro lado
Em nota, o governador Wilson Lima afirmou que todos os seus atos de enfrentamento à pandemia são legais e mantiveram a probidade. Lima também disse que a denúncia da PGR “não apresenta provas do envolvimento dele em supostos crimes relacionados aos fatos em apuração”.

“Mantenho total confiança na Justiça, que haverá de, oportunamente, reconhecer que as acusações são totalmente infundadas. Reitero aqui o meu compromisso com a transparência, probidade e legalidade dos meus atos e sigo à disposição para continuar prestando todas as informações solicitadas pela Justiça”, declarou.

Da Agência Brasil