A diretoria da Petrobrás divulgou nesta quinta-feira (19), no portal da empresa, que pretende vender 60% das refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar), Abreu e Lima (Rnest), Landulpho Alves (Rlam) e Alberto Pasqualini (Refap). A modelagem e o formato da privatização ainda será apreciada pela Diretoria Executiva ou pelo Conselho de Administração da petroleira.
A proposta apresentada inclui os chamados ativos logísticos (dutos e terminais) administrados pela Transpetro. Além do desmonte privatizante em curso da Liquigás, BR Distribuidora e áreas do Pré-Sal, via leilões.
O modelo preliminar proposto significa na prática a subasta da Repar, Tepar, Tefran, Temirim, Tejaí, Teguaçu, Oléodutos Olapa, Opasc e Ospar.
Desde sua fundação, a Petrobras é alvo da cobiça de fortes interesses internacionais e de governos imperialistas, em particular do norte-americano. Atravessou períodos críticos da história do país, como o suicídio de seu criador Getúlio Vargas e diversos anos de governos neoliberais referendados pelo voto popular. Em todos esses momentos, a resistência dos trabalhadores da estatal foi fundamental para manter a companhia como patrimônio nacional.
A ofensiva privatizante do governo golpista de Temer é o maior risco para a existência do sistema Petrobrás, e somente um amplo e forte movimento de resistência dos petroleiros e da sociedade pode impedir o desmonte e a desnacionalização da empresa.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e os sindicatos da categoria em todo o país não descartam a convocação de uma geral contra a privatização.
*Com informações do Sindipetro PR/SC