Pesquisaaponta%dosparanaensessãocontráriosàprivatizaçãodaCopel
95% contrários à privatização da Copel
Boca brasil Ciência CNI COB copel cursos deputados ECA energia especialista Galo governo Infraestrutura Inter moção Notícias paraná patrimônio PCdoB pesquisa pesquisas Polí­tica pp prazo privatização projeto psdb pt ratinho junior reprovação requião Rio valor veja

Pesquisa: 95% dos paranaenses são contrários à privatização da Copel

Esmael Morais 26 de novembro de 2022 - 13:53

Uma pesquisa do DataEsmael aponta que incríveis 95% dos paranaenses são contrários à privatização da Copel, a Companhia Paranaense de Energia, que foi colocada na promoção “Black Friday” do governador do Paraná Ratinho Junior (PSD) nos últimos dias.

Na semana que passou, em apenas três dias, a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) aprovou projeto de autoria de Ratitnho Junior vendendo a estatal energética com quase 70 anos de existência. A celeridade do processo suscitou suspeitas sobre as reais intenções do mandatário estadual, que pretende arrecadar R$ 3 bilhões com a liquidação do patrimônio público, enquanto o lucro da empresa no ano passado foi de R$ 5 bilhões.

A ALEP aprovou na primeira votação, por 38 votos a 14, e na segunda votação, por 35 votos a 13, a privatização da estratégica Copel – a despeito de alertas da oposição com a nulidade do processo da venda. Especialistas estimam que a companhia valha cerca de R$ 50 bilhões, ao passo que o Palácio Iguaçu ambiciona apenas R$ 3 bilhões – ou apenas 6% do seu valor.

Apesar dessa autorização, medidas judiciais estão sendo tomadas por sindicatos dos trabalhadores e a Comissão de Valores Mobiliários (VM) foi acionada devido à compra atípica de ações da companhia em vésperas de comunicados de Fato Relevante.

OAB-PR aponta irregularidades

O processo em regime de urgência também foi questionado pela Ordem dos Advogados do Paraná (OAB-PR), que vê insuficiência na fundamentação do projeto de venda das ações da Copel.

“Tecnicamente, faltou vir a público a motivação do ato administrativo. Nada do que veio a público parece justificar a alienação do patrimônio. Além disso, sem entrar no mérito das vantagens ou desvantagens, também falta uma explicação sobre onde serão alocados os recursos decorrentes desta venda. É fundamental ao Estado que tenhamos disponibilidade de energia elétrica para os investidores nacionais e estrangeiros que tenham intenção de investir no Estado. No entanto, no encaminhamento do governo há muitas questões que deveriam ser explicadas”, disse Heroldes Bahr Neto, presidente da Comissão de Infraestrutura e Desenvolvimento Sustantável da OAB Paraná.

Economia

Já a presidente da Comissão de Gestão Pública e Controle da Administração da OAB Paraná, Mariane Yuri Shiohara Lübke, em apenas quatro dias, o projeto foi ‘apreciado’ e aprovado. “A redução de prazos em razão do regime de urgência e a designação de sessões extraordinárias sucessivas prejudica a atividade de análise parlamentar da iniciativa e a possibilidade de controle social sobre a matéria”, destacou ela.

Pesquisa em campo

A Federação Brasil Esperança – PT, PCdoB e PV – contratou uma pesquisa estadual para medir o índice de reprovação à venda da Copel. Os pesquisadores devem entrará em campo nos próximos dias, mas um lavantamento anterior à votação na ALEP apontava 95% na desaprovação da privatização da principal empresa paranaense.

O governo Ratinho Junior quer abrir mão do controle acionário da companhia energética e instituir a modalidade das ações com capital disperso, ou seja, submeterá a Copel aos interesses privados em contraposição aos interesses da sociedade paranaense.

A Copel foi criada em 1954, no governo Bento Munhoz da Rocha Netto, com o intuito de promover a eletrificação rural, fornecer o insumo de qualidade e a preço módico, bem como para proporicionar conforto, negócio e desenvolvimento equânime em todas as regiões do Paraná.

Veja os deputados que votaram A FAVOR da privatização da Copel [2º discussão]

  1. ADELINO RIBEIRO (PSD)
  2. ALEXANDRE AMARO (REP)
  3. ALEXANDRE CURI (PSD)
  4. ANIBELLI NETO (MDB)
  5. ARTAGÃO JUNIOR (PSD)
  6. BAZANA (PSD)
  7. BOCA ABERTA JUNIOR (PROS)
  8. CANTORA MARA LIMA (REP)
  9. COBRA REPÓRTER (PSD)
  10. DEL. FERNANDO MARTINS (REP)
  11. DEL. JACOVÓS (PL)
  12. DOUGLAS FABRÍCIO (CDN)
  13. DR. BATISTA (UNIÃO)
  14. ELIO RUSCH (UNIÃO)
  15. FRANCISCO BUHRER (PSD)
  16. GALO (PP)
  17. GILBERTO RIBEIRO (PL)
  18. GILSON DE SOUZA (PL)
  19. GUTO SILVA (PP)
  20. HOMERO MARCHESE (REP)
  21. JONAS GUIMARÃES (PSD)
  22. LUIZ FERNANDO GUERRA (UNIÃO)
  23. MARCEL MICHELETTO (PL)
  24. MARCIO NUNES (PSD)
  25. MAURO MORAES (UNIÃO)
  26. NATAN SPERAFICO (PP)
  27. NELSON LUERSEN (UNIÃO)
  28. PAULO LITRO (PSD)
  29. PLAUTO MIRÓ (UNIÃO)
  30. REICHEMBACH (PSD)
  31. RICARDO ARRUDA (PL)
  32. RODRIGO ESTACHO (PSD)
  33. SOLDADO FRUET (PROS)
  34. TIAGO AMARAL (PSD)
  35. TIÃO MEDEIROS (PP)

Veja os deputados que votaram CONTRA da privatização da Copel [2º discussão]

  1. ARILSON CHIORATO (PT)
  2. CORONEL LEE (DC)
  3. CRISTINA SILVESTRI (PSDB)
  4. EVANDRO ARAÚJO (PSD)
  5. LUCIANA RAFAGNIN (PT)
  6. LUIZ CLAUDIO ROMANELLI (PSD)
  7. MABEL CANTO (PSDB)
  8. MARCIO PACHECO (REP)
  9. MICHELE CAPUTO (PSDB)
  10. PROFESSOR LEMOS (PT)
  11. REQUIÃO FILHO (PT)
  12. TADEU VENERI (PT)
  13. TERCÍLIO TURINI (PSD)

Veja os deputados que se AUSENTARAM na votação da privatização da Copel [2º discussão]

  • ADEMAR TRAIANO (PSD)
  • GOURA (PDT)
  • LUIZ CARLOS MARTINS (PP)
  • NELSON JUSTUS (UNIAO)
  • NEREU MOURA (MDB)
  • SOLDADO ADRIANO JOSÉ (PP)

LEIA TAMBÉM