Os bancos jamais faturam tanto quanto nesta pandemia da Covid-19, graças à benevolência do governo Jair Bolsonaro e de seu ajudante Paulo Guedes –o ministro da economia dos sonhos dos banqueiros.
Na semana passada, o Blog do Esmael reverberou que o Banco Central (BC) –leia-se ministro Paulo Guedes e o Bolsonaro– anunciou a injeção de R$ 1,2 trilhão no sistema financeiro. Ou seja, injetou na veia dos banqueiros recursos públicos equivalentes a 16,7% do Produto Interno Bruto (PIB).
O dinheiro era para ser drenado na economia durante a luta contra a Covid-19, porém, avalia o governo, esses recursos foram “empoçados no sistema financeiro”. O dinheiro era para manter abertas empresas e garantir empregos.
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Traduzindo em bom português: o dinheiro não chegou ao destino, ficou empossado nos bancos que especulam com recurso alheio.
De acordo com especialistas do mercado financeiro, o dinheiro disponibilizado pelo governo “morreu” nos bancos, que preferem investir em títulos públicos.
Dito isto, o Itaú anunciou que vai doar R$ 1 bilhão para o combate ao novo coronavírus.
O recurso ficará sob a custódia da Fundação Itaú Unibanco e será administrado por um conselho de profissionais de saúde liderado pelo médico Paulo Chapchap, diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês.
Segundo o banco, o dinheiro será usado para equipar hospitais e financiar a produção de remédios.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.